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Para além dos fones de ouvido e das plataformas de streaming, a música pode fazer você viajar. Os fãs da cantora Taylor Swift é que o digam: desde o lançamento do mais recente álbum da cantora – The Life of a Showgirl, em 3 de outubro –, muitos deles têm marcado presença no museu de Wiesbaden, no oeste da Alemanha. Mas por quê?
 
 
A resposta está em uma obra secular exibida no museu desde 2019: a pintura Ofélia, de Friedrich Heyser. Pintada em óleo sobre tela, as pinceladas retratam uma jovem dinamarquesa da obra Hamlet, de William Shakespeare, que morre afogada em um riacho após enlouquecer.
Nos primeiros segundos do videoclipe, Swift reinterpreta a obra de Heyser. A cantora está deitada de lado, vestindo um vestido branco e rodeada por flores, semelhante à protagonista Ofélia. Confira:
À medida que a notícia do paradeiro do quadro original se espalhou nas redes sociais, centenas de visitantes começaram a aparecer no museu. Susanne Hirschmann, porta-voz da instituição, disse em entrevista à BBC Radio 4 que tanto ela quanto os funcionários ficaram surpresos e felizes com a enorme procura pela obra. “Esta é a primeira vez que temos uma procura tão grande por uma pintura. Para ser honesta, foi um choque”.
A explosão de visitantes também veio acompanhada de cautela. Os responsáveis pelo museu ficaram preocupados com a seguridade da obra e instalaram uma corda para impedir que o público se aproximasse demais da pintura. Medida esta que, segundo Hirschman, até o momento, tem sido suficiente frente ao comportamento respeitoso dos swifties, que apenas posam para fotos.
De modo geral, a popularidade da música – que quebrou diferentes recordes – tem sido positiva para a instituição e para a apreciação da arte em geral. “Para nós, é uma ótima oportunidade de atrair ao museu pessoas que ainda não nos conhecem e também de conversar sobre a arte”, disse Hirschmann.
O destino de Ofélia (e de Taylor Swift)
O desejo de conversar mais sobre a arte levou os responsáveis pelo museu a organizarem um evento com o tema Ofélia, que ocorreu no final de semana passado. O evento esgotou rapidamente e contou com a presença de mais de 200 fãs da cantora, com direito a análises de um especialista sobre o quadro e a um “miniconcerto” da música de Swift.
Também foi realizada uma breve visita guiada às demais obras de arte que englobam o acervo da instituição. Os visitantes foram encorajados a comparecer fantasiados e muitos deles foram com vestidos brancos e coroas de flores – assim como Ofélia – ou com lantejoulas e outras peças que remetessem ao videoclipe ou à própria Taylor Swift.
Não se sabe ao certo quais foram as motivações de Swift para ter não apenas escolhido, mas também reinterpretado o quadro de Heyser em sua obra musical.
Uma das hipóteses é de que a cantora tenha passado pelo museu no período em que esteve fazendo os shows da sua última turnê – a The Eras Tour – em julho de 2024. Ao The Guardian, Hirschmann afirmou que achava essa possibilidade improvável, uma vez que a equipe do museu teria, de alguma maneira, notado a presença da celebridade no local.
Também é possível que uma “referência da referência” tenha sido tomada como base. É que, na verdade, o quadro de Heyser não é o primeiro a tratar do fim melancólico de Ofélia. Em 1852 – 48 anos antes da obra reinterpretada por Swift – John Everett Millais pintou a sua própria Ophelia. Seja qual dos autores influenciaram a cantora, não há como negar que todas as obras de Ofélia têm feito sucesso entre o público há séculos.
  Alguns observadores veem uma conexão entre a pintura de Millais e a cena final do videoclipe, quando Swift aparece relaxando em uma banheira — Foto: John Everett Millais/Wikimedia Commons  
                        há 11 horas
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