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HD, Full HD, Ultra HD em 4K ou 8K... a lista de especificações técnicas a se considerar na hora de escolher uma TV vai longe. Mas, afinal, o quanto ter uma tela com uma densidade de pixels gigantesca realmente importa? Bom, não é todo mundo que percebe diferenças tão grandes. Um estudo publicado na revista científica Nature Communications nesta segunda-feira (27), afirma que existe um limite para o número de pixels que o olho consegue enxergar. E, em testes, colocou esse limite à prova.
A pesquisa foi conduzida por pesquisadores do Meta Reality Labs, da Meta (dona do Facebook e Instagram) e pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
Durante os testes, pesquisadores mediram a capacidade máxima dos olhos em detectar características específicas em uma tela com cenas coloridas e em tons de cinza. A análise considerou fatores como a distância (próximo ou afastado da tela) e também a observação direta e periférica das imagens.
As principais variáveis para determinar a capacidade máxima de resolução foram o tamanho da tela, a presença e ausência de claridade e a distância entre a pessoa e a televisão. Os pesquisadores fizeram os testes no Reino Unido, em uma sala de tamanho médio com uma distância de 2,5 metros entre o sofá e a TV.
“À medida que grandes esforços de engenharia são direcionados para melhorar a resolução de telas de dispositivos móveis, realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV), é importante saber qual é a resolução máxima na qual melhorias adicionais não trazem benefícios perceptíveis”, disse a autora, Maliha Ashraf, em comunicado. “Mas não há estudos que realmente meçam o que o olho humano consegue ver e quais são as limitações de sua percepção.”
"Se você tem mais pixels em sua tela, ela é menos eficiente, custa mais e requer mais poder de processamento para funcionar", disse o coautor, Rafał Mantiuk. "Então, queríamos saber em que ponto não faz mais sentido melhorar ainda mais a resolução da tela”. Pesquisadores conseguiram medir com precisão a percepção da visão em diferentes distâncias e ângulos através de equipamentos experimentais criados com um display.
Para conduzir o experimento, a equipe fez uma medição de pixels por grau (PPD) — medida que indica quantos pixels cabe em um grau do campo de visão. Ou seja, consegue expressar a densidade de pixels percebida pelo olho humano a uma certa distância. Dessa forma, a equipe consegue entender a nitidez em que a tela está sendo vista em relação a distância de onde o indivíduo está sentado.
Baseado na chamada tabela Snellen, utilizada pelos oftalmologistas, o padrão de visão denominado 20/20, considerado normal, consegue perceber até 60 pixels por grau. “Essa medida foi amplamente aceita, mas ninguém realmente se sentou e a mediu para exibições modernas, em vez de um quadro de letras de parede que foi desenvolvido pela primeira vez no século 19”, explica Ashraf.
Alguns padrões de gradações em diferentes cores e tonalidades foram colocadas nas telas para que os participantes pudessem analisar e descrever a capacidade de ver as linhas na imagem. Para medir a DPP, a tela foi movida para diferentes distâncias (para perto e longe) e ângulos (visão central e periférica) do observador.
Após os experimentos, descobriram que existem diferenças no limite de resolução da visão relacionados a imagens coloridas e neutras. Na visão central, a média foi de 94 PPD em telas com tons de cinza. Diferente para padrões de vermelho e verde, em que o valor caiu para 89 PPD, no caso das faixas de cores do amarelo e violeta, o PPD foi 53.
“Nosso cérebro não tem a capacidade de perceber detalhes em cores muito bem, e é por isso que observamos uma grande queda na percepção de imagens coloridas, especialmente quando visualizadas com a visão periférica”, afirma Mantiuk. “Nossos olhos são essencialmente sensores que não são tão bons assim, mas nosso cérebro processa esses dados e os transforma no que ele acha que deveríamos estar vendo.”
Todos os dados obtidos na pesquisa podem contribuir para que os fabricantes projetem telas otimizadas para a maioria da população. Por exemplo, se 95% das pessoas tem como limite de resolução até 60 PPD, as empresas podem produzir telas que tenham pelo menos essa densidade. “Nossos resultados definem o norte para o desenvolvimento de displays, com implicações para futuras tecnologias de geração de imagens, renderização e codificação de vídeo”, disse Alex Chapiro, do Meta Reality Labs.

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