Orca é flagrada carregando filhote morto na boca na tentativa de revivê-lo

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Uma orca fêmea conhecida como J36 foi flagrada na sexta-feira, dia 12 de setembro, carregando o corpo de seu filhote recém-nascido morto, ainda com o cordão umbilical preso, em uma tentativa de reanimá-lo. Esse caso ocorreu no Estreito de Rosário, parte do Mar de Salish, nas Ilhas San Juan, no estado de Washington, nos Estados Unidos.

O registro foi confirmado por equipes do Centro de Pesquisa de Baleias, da SeaDoc Society e da San Diego Zoo Wildlife Alliance, que receberam relatos de observadores locais. Segundo Justin Cox, porta-voz da SeaDoc Society, em entrevista a AFP, a J36 já não estava carregando o filhote quando foi novamente observada no sábado, dia 13.

“Com base no tamanho do filhote, estimamos que ele estava a termo (gestação completa, próximo do nascimento) ou quase a termo”, informou o Centro de Pesquisa de Baleias em comunicado no Facebook. Ainda não está claro se a pequena orca nasceu viva, mas os pesquisadores acreditam que ela não teria mais de três dias de vida quando foi avistada morta. 

Veja abaixo o comunicado publicado pelo Centro de Pesquisa de Baleias do local:

O episódio reforça a difícil situação das orcas residentes do sul, cuja população soma apenas 73 indivíduos. A espécie enfrenta múltiplas ameaças, desde a escassez de seu alimento preferido, o salmão chinook, a poluição química que se acumula em seus corpos, e o aumento do ruído de embarcações, que atrapalha a caça e a comunicação entre os animais.

A mortalidade de filhotes é considerada alta entre orcas em geral. Estima-se que até 70% das gestações desse grupo terminam em aborto espontâneo ou em mortes precoces.

Comportamento reincidente

Não é a primeira vez que uma orca da região é vista carregando seu filhote morto. Em 2018, a fêmea Tahlequah (J35) comoveu o mundo ao nadar por mais de 1.600 quilômetros durante 17 dias empurrando o corpo de sua cria. Ela voltou a dar à luz em 2020, um acontecimento celebrado como sinal de esperança para a espécie.

No início deste ano, Tahlequah novamente foi observada com um recém-nascido morto. Agora, o mesmo comportamento foi registrado com J36, levantando questões sobre o significado dessa atitude.

“As orcas são programadas para todas as emoções complicadas que acompanham a vida em grupo muito unido”, escreveu Monika Wieland Shields, diretora do Orca Behavior Institute, no blog da instituição, em janeiro.

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