Mortes prematuras por doenças crônicas diminuem no Brasil, segundo pesquisa

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Um estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública mostra que, ao longo dos últimos 30 anos, o Brasil avançou na redução da mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A pesquisa foi realizada por meio de uma parceria entre a Fiocruz, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade de Brasília e Universidade de Washington.

Segundo a pesquisa, entre 1990 e 2021, a probabilidade incondicional de morte prematura (entre 30 e 69 anos) por DCNT caiu de 23,3% (0,233) para 15,2% (0,152). A diminuição está atrelada a melhorias no acesso à saúde, à expansão de políticas públicas voltadas à prevenção e a avanços relacionados ao tratamento das doenças.

“No entanto, ainda assim, as projeções realizadas pelo estudo apontam que, mantidas as atuais tendências, a meta global pode não ser atingida em nenhum critério: nem por sexo, nem por nível de desenvolvimento sociodemográfico”, diz um comunicado da Fiocruz sobre o tema. Essa meta faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e prevê a redução em um terço das mortes entre 2015 e 2030.

O levantamento foi baseado em dados do Global Burden of Disease 2021 do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde, obtidos por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.

Apesar da queda de mortes em todos os estados e no Distrito Federal, a pesquisa mostra que a diminuição ocorre de maneira desigual. As taxas melhoram de maneira mais lenta no Norte e no Nordeste e mais rapidamente no Sul e Sudeste.

As DCNT, que incluem problemas cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes, continuam sendo a principal causa de mortes no Brasil. Foram responsáveis por 41,8% das mortes prematuras em 2019, segundo o Ministério da Saúde. “Estimativas globais apontam que as DCNT são responsáveis por 75% da mortalidade geral, o que corresponde a cerca de 41 milhões de mortes, sendo 15 milhões de mortes prematuras”, diz a Fiocruz.

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