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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem se reunir em novembro, durante a Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia, para discutir o tarifaço de 50% sobre importações brasileiras imposto por Washington.
A sugestão foi discutida durante o telefonema entre os dois líderes nesta segunda-feira (6), que durou cerca de meia hora e teve, segundo o Planalto, um “tom amistoso e produtivo”.
Segundo a nota oficial, Lula e Trump manifestaram interesse em restaurar as “relações amigáveis” entre os países e trocaram contatos diretos para manter uma comunicação constante. O Planalto considera o diálogo um passo importante para reaproximar as duas maiores economias do continente americano após meses de tensão comercial.
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“Ambos destacaram a importância de uma relação construtiva e de respeito mútuo, e avaliaram a possibilidade de um encontro pessoal em breve”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
O tarifaço norte-americano, que afeta setores como aço, alumínio, calçados e carnes, é visto pelo governo brasileiro como uma das maiores barreiras à retomada do crescimento das exportações.
A expectativa do Planalto é de que a reunião em novembro possa marcar o início de uma trégua comercial entre Brasília e Washington.
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Marco Rubio assume as negociações
Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às tratativas com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o chanceler Mauro Vieira.
Rubio, senador republicano da Flórida e figura influente entre conservadores, tem sido uma voz crítica a Alexandre de Moraes, ministro do STF, o que adiciona sensibilidade política às conversas bilaterais.
A expectativa é de que o secretário deva se reunir ainda neste mês com Alckmin e Haddad para buscar uma fórmula de redução gradual das tarifas, condicionada a um compromisso brasileiro de estabilidade institucional e previsibilidade regulatória.