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Uma prancha de surfe perdida na costa da Tasmânia, na Austrália, há cerca de 18 meses, foi encontrada a 2.400 km de distância do seu local de origem, em Raglan, uma das praias mais conhecidas da Nova Zelândia. O responsável pela descoberta foi o surfista francês Albarito Bueno, que vive no país há alguns anos.
No último dia 15 de outubro, Bueno praticava kitesurf na costa oeste da Ilha Norte quando sua pipa ficou presa na água, fazendo com que ele fosse levado mar adentro pelas correntes. “Enquanto era puxado, vi algo brilhando nas dunas, no extremo norte da praia. Larguei minha pipa e comecei a remar em direção à praia, e foi lá que encontrei a prancha”, conta ao jornal The Guardian.
A prancha, parcialmente enterrada na areia, estava amarelada, coberta de cracas e mexilhões, mas ainda em boas condições. Bueno percebeu que era um modelo feito à mão e moldado para ondas grandes, diferente das pranchas mais comuns usadas em Raglan. “Quando a recuperei, todos os meus colegas de surfe ficaram muito animados. Parecia que a prancha tinha uma história incrível por trás”, lembra.
Durante alguns dias, o surfista deixou o achado em seu quintal, até que o cheiro forte dos moluscos o obrigou a limpá-la. Nesse momento, ele também decidiu procurar o dono da prancha.
Contato pelas redes sociais
“Todo mundo estava enlouquecendo”, relata Bueno ao portal 1News. “Em meio aos comentários, alguém reconheceu a prancha e identificou o dono: um surfista chamado Liam, que a havia perdido em maio de 2024, durante um passeio de barco na costa da Tasmânia.”
Procurado, Liam confirmou a história. Segundo ele, a prancha havia caído no mar com a bolsa e a corda ainda presas – o que pode ter ajudado a preservá-la ao longo da sua jornada. Vale salientar que a distância entre a Tasmânia e Raglan é de aproximadamente 2.400 km.
Especialistas acreditam que a prancha pode ter sido carregada por correntes oceânicas poderosas. O oceanógrafo Edward Doddridge, do Instituto de Estudos Marinhos e Antárticos da Universidade da Tasmânia, sugere ao 1News que o objeto provavelmente foi levado pela Corrente da Austrália Oriental, que flui em direção à Nova Zelândia.
“Há também uma possibilidade, ainda que infinitesimal, de que a prancha tenha seguido para o sul, pegando carona na Corrente Circumpolar Antártica, que dá a volta ao mundo antes de chegar à Nova Zelândia”, aponta Doddridge. “Seria uma grande aventura, mas não podemos ter certeza.”
Depois de quase um ano e meio à deriva, a prancha de Liam está finalmente voltando para casa. Mas, desta vez, de avião. Bueno entregou o equipamento à família do surfista, que estava em Auckland para um casamento.
Para o francês, o episódio tem um toque de destino. “No mesmo dia em que perdi minha pipa, encontrei a prancha do Liam. Talvez houvesse um motivo para isso acontecer”, contou. Assista, abaixo, a reportagem produzida pela ABC News, que traz mais imagens do curioso caso:

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