Dólar dispara e fecha a R$ 5,50 com ameaça de Trump à China e fiscal

há 14 horas 1
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(Imagem: Pexels)

O dólar à vista disparou com a escalada da tensão comercial e o cenário fiscal doméstico com rumores de novas medidas do governo Lula para 2026.

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Nesta sexta-feira (10), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a R$ 5,5037, com avanço de 2,39%. Durante a sessão, a divisa chegou a ser cotada a R$ 5,5187 (+2,67%). 

O movimento destoa da tendência vista lá fora. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava em queda de 0,59%, aos 99,949 pontos.

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Na semana, o dólar à vista acumulou alta de 3,13% ante o real.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O temor de uma escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China voltou à mesa dos investidores nesta sexta-feira (10).

No início da tarde, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que seu governo “está calculando um grande aumento de tarifas sobre produtos da China”. Segundo ele, “há muitas outras medidas de retaliação em consideração” contra o gigante asiático.

Trump disse, em publicação na plataforma Truth Social, que a China tem enviado cartas a países do mundo todo dizendo que planeja impor controles de exportação sobre todos os elementos de produção relacionados às terras raras.

“Ninguém nunca viu nada parecido, mas, essencialmente, isso ‘entupiria’ os mercados e tornaria a vida difícil para praticamente todos os países do mundo, especialmente para a China”, disse o chefe da Casa Branca.

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Diante disso, Trump afirmou que “será forçado” a reagir. “Dependendo do que a China disser sobre a ‘ordem’ hostil que acabaram de emitir, serei forçado, como Presidente dos Estados Unidos da América, a contra atacar financeiramente”.

O mercado também continuou monitorando a paralisação (shutdown) da máquina pública norte-americana, que entrou em seu 10º dia sem qualquer expectativa de acordo entre republicanos e democratas do Congresso para a provação de um financiamento.

“O governo norte-americano enfrenta divisões quanto à continuidade ou não das tarifas, que impactam fluxos de comércio global — e, por consequência, variáveis cambiais e de risco para países emergentes, como o Brasil. Num cenário em que fatores externos se combinam com vulnerabilidades domésticas, o real sofre sob dupla pressão”, afirmou aulo Monteiro , Head da Gravus Capital.

Fiscal também preocupa

Além do cenário externo mais avesso a risco, as contas públicas voltaram a injetar cautela no mercado.

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Segundo uma reportagem do Estadão, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara um ‘pacote de bondades’ com impacto de cerca de R$ 100 bilhões em 2026, ano eleitoral, considerando medidas do Orçamento da União e estímulo a financiamentos.

O número pode ser maior caso a proposta de isenção de tarifas de ônibus, em estudo pelo Ministério da Fazenda, seja de fato implementada.

Ainda de acordo com o jornal, o pacote inclui a ampliação da isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês, aprovada na Câmara dos Deputados e que ainda deve passar pelo crivo do Senado Federal.

A distribuição de gás de cozinha gratuita para pessoas inscritas no Cadastro Único — Programa Gás Povo —, a isenção na conta de luz para 17 milhões de famílias e o pagamento de bolsas do Pé-de-Meia para estudantes do ensino médio também estão incluídos no pacote.

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Os investidores também reagiram ao anúncio da nova política de crédito imobiliário anunciado nesta sexta-feira (10).

Voltado para famílias com renda acima de R$ 12 mil — que não contemplados pelo Minha Casa, Minha Vida—o novo crédito prevê o fim do direcionamento obrigatório dos depósitos da poupança para o crédito.  

As mudanças deverão ter plena vigência a partir de janeiro de 2027, após um período de transição que será iniciada ainda neste ano.

“A notícia de um ‘pacote de bondades’ reforçou a percepção do mercado que existe o risco do Executivo caminhar para um cenário de gastos mais elevados com a proximidade do período eleitoral, elevando o prêmio de risco e colocando em xeque a credibilidade do ajuste das contas públicas”,  afirmou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

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“O resultado foi um dia típico de flight to safety (fuga para segurança), em que o investidor direcionou-se para Treasuries norte-americanas como porto seguro”, acrescentou Shahini.

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