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Pela primeira vez, cientistas descobriram alterações no desenvolvimento cerebral de crianças que vivem em regiões com grande desigualdade social — independente de pertencerem a famílias ricas ou de baixa renda. O estudo foi publicado na revista Nature Mental Health nesta terça-feira (30).
A pesquisa foi conduzida por pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, pela Universidade de York e do King's College London, na Inglaterra. Para obter dados, a equipe mediu a taxa de desigualdade em alguns estados norte-americanos e mensurou a renda dos moradores na região.
Os cientistas identificaram que os maiores níveis de desigualdade social eram dos estados americanos de Nova York, Connecticut, Califórnia e Flórida. Por outro lado, determinaram quais eram os estados mais igualitários, sendo eles, Utah, Wisconsin, Minnesota e Vermont.
Os exames médicos conseguiram identificar as conexões existentes entre diferentes regiões cerebrais. Sendo assim, as atividades no cérebro eram identificadas pelas alterações no fluxo sanguíneo.
A pesquisa evidencia que, potencialmente, o neurodesenvolvimento das crianças pode ser afetado no futuro, inclusive prejudicando as funções cognitivas. Os resultados das alterações no cérebro foram identificados em crianças de famílias ricas e pobres.
“Tanto crianças de famílias ricas quanto de baixa renda apresentaram alterações no neurodesenvolvimento, e constatamos que isso tem um impacto duradouro no bem-estar. Estamos interessados em ver como essas descobertas se comparam ao redor do mundo”, disse Divyangana Rakesh, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência no King's College London para o The Guardian.
Alguns meses após a realização dos exames de ressonância magnética, as crianças responderam um questionário sobre a saúde mental delas — pesquisadores queriam identificar condições como depressão e ansiedade. Pessoas inseridas em sociedades desiguais apresentaram uma pior saúde mental, algo identificado pelas mudanças estruturais do cérebro e suas alterações funcionais.
“Nosso artigo enfatiza que reduzir a desigualdade não é apenas uma questão de economia – é um imperativo de saúde pública”, ressaltou a coautora Kate Pickett, ao The Guardian. “As alterações cerebrais que observamos em regiões envolvidas na regulação das emoções e na atenção sugerem que a desigualdade cria um ambiente social tóxico que literalmente molda o desenvolvimento das mentes jovens, com consequências para a saúde mental e impactos que podem durar a vida toda.”

há 1 mês
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