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Para operadoras competitivas, a lista de preocupações com questões regulatórias é longa. Boa parte desta lista foi enumerada na abertura do Evento NEO 2025, organizado pela Associação NEO esta semana em Salvador.
Para Fabiano Busnardo, presidente do conselho da associação e da operadora Unifique, chegou a hora de reorganizar o mercado de banda larga, que chegou a um ponto de desequilíbrio competitivo, não apenas pelo grande número de competidores, guerra de preços ("nem me lembro há quanto tempo que oferecemos banda larga por R$ 100", pontuou), mas também pela assimetria competitiva entre eles. "A concorrência precisa ser justa e honesta", disse Busnardo, ao elogiar a iniciativa da Anatel de buscar um recadastramento dos provedores de Internet para assegurar níveis mínimos de formalização, o que garantiria que todos atuem dentro de um conjunto mínimo de regras comuns.
Fabiano Ferreira, presidente da Vero, elogiou o uso do Fust para ampliação da conectividade e as medidas de assimetria que a Anatel implementou até hoje, mas queixou-se da guinada da agência em relação ao Plano Geral de Metas de Competição, que deixou de fora o mercado de MVNOs. Ferreira diz que hoje, a oferta de serviços móveis é essencial para a estratégia dos operadores e que o modelo de MVNO faz sentido e deveria ser estimulado pela agência.
Márcio Estefan, diretor executivo de receita da Algar, também lamenta a ausência de medidas assimétricas para estimular o crescimento de MVNOs. "Não podemos deixar que aconteça com esse mercado o que aconteceu com as redes neutras", disse. Para ele, os ISPs podem ser canais de vendas importantes para as redes móveis e isso deveria ser estimulado pela Anatel.
Também o impasse para a questão da regulamentação dos postes foi apontado por todos como um foco de crescente atenção.
Outro ponto de constante manifestação das operadoras foi o cenário econômico desafiador com as taxas de juros elevadas, que em breve começará a afetar diretamente a capacidade de algumas empresas manterem suas operações.