Após 1 dia do apagão digital, serviços se recuperam, Prejuízo pode ultrapassar US$ 1 bilhão

há 9 horas 1
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Um dia após o apagão digital global que deixou milhões de usuários sem acesso a serviços online, o cenário começa a se estabilizar.

Plataformas como YouTube, Google Drive, Mercado Livre, PicPay e iFood voltaram a funcionar parcialmente, enquanto Amazon Web Services (AWS) e Google Cloud ainda trabalham na normalização completa de seus sistemas.

Embora a internet pareça ter voltado ao normal, os impactos econômicos e estruturais do incidente são gigantescos — e o setor de Telecom avalia o episódio como um alerta vermelho para o futuro da conectividade global.


Situação atual dos serviços

Dados do Downdetector mostram que mais de 80% dos serviços afetados já foram restabelecidos, mas ainda há instabilidade em APIs e serviços de autenticação ligados à AWS e ao Google.
Entre os mais afetados estão aplicativos de bancos, gateways de pagamento e plataformas de streaming hospedadas nessas nuvens.

As empresas informaram que a causa raiz foi uma falha de roteamento interno (BGP) que provocou perda de comunicação entre datacenters na América do Norte e Europa — um cenário raro, mas devastador em escala.


Prejuízo estimado para a AWS/Amazon

A Amazon, incluindo seus serviços dependentes da AWS (como e-commerce, Prime Video e Alexa), pode ter perdido cerca de US$ 72,8 milhões por hora de inatividade, segundo estimativas de analistas de mercado.
Com a duração aproximada de 15 horas de instabilidade global, o prejuízo direto poderia ultrapassar US$ 1 bilhão apenas para a Amazon.

Além disso, quando considerados os créditos compensatórios que a AWS deverá conceder a clientes afetados e a queda de produtividade em empresas dependentes de sua infraestrutura, o impacto total no ecossistema global pode alcançar centenas de bilhões de dólares.


Prejuízos estimados para outras empresas

As perdas também atingiram diversas companhias de tecnologia, comunicação e entretenimento que dependem diretamente das nuvens da AWS e do Google Cloud.
Com base em estimativas de receita perdida por hora de inatividade, os números são os seguintes:

Empresa Perda estimada por hora de inatividade
Snapchat US$ 611.986
Zoom US$ 532.580
Roblox US$ 411.187
Canva US$ 342.466

No total, o apagão digital de 2025 pode ter custado cerca de US$ 75 milhões por hora para os principais sites afetados — somando bilhões de dólares em perdas globais para mais de 1.000 empresas.

Empresas financeiras e de criptoativos como Coinbase, Robinhood e Signal também foram impactadas, embora não tenham divulgado estimativas oficiais.


O impacto no setor de Telecom

Para o setor de telecomunicações, o episódio acende um alerta:
a internet mundial depende fortemente de poucos provedores de nuvem.
Mesmo que as redes físicas das operadoras não tenham sido afetadas, a percepção de “internet fora do ar” ou “lenta” foi imediata, mostrando o grau de interdependência entre infraestrutura, roteamento e serviços hospedados.

“A internet não caiu — mas os serviços que a sustentam sim. E isso é ainda mais preocupante”, explica um engenheiro de redes consultado pelo Portal do Telecom.


Preocupações futuras

A principal lição do apagão digital de 2025 é clara: centralização é risco.
Empresas e governos devem adotar estratégias como:

  • Arquitetura multi-cloud, com redundância entre provedores;
  • CDNs e caches locais para reduzir dependência internacional;
  • Monitoramento em tempo real de rotas e autenticação global;
  • Planos de contingência nacional para garantir continuidade mínima de serviços.

Conclusão

O apagão digital de outubro de 2025 ficará marcado como um dos maiores eventos de falha em larga escala da história da internet moderna.
Mais do que prejuízos financeiros, o incidente deixou uma mensagem:
a infraestrutura digital mundial é vulnerável, e o futuro da conectividade global precisa de resiliência, descentralização e planejamento.


📅 Publicado em 21 de outubro de 2025
✍️ Por Redação Portal do Telecom

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