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O Dia das Crianças é uma data que celebra não apenas a infância, mas também a imaginação e a curiosidade que a acompanham. Entre tantos presentes possíveis, cultivar o hábito da leitura é, sem dúvida, um dos mais valiosos. Ler abre portas para novos mundos, desperta a criatividade e incentiva os pequenos a sonhar e a traçar seus próprios caminhos.
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Embora eu não seja mãe, sou tia de coração de dois pequenos encantadores: Leonardo e Teresa. Pensando neles — e em todas as crianças que merecem mergulhar em boas histórias — preparei a coluna deste mês, que está recheada de livros educativos e inspiradores. Confira a lista completa a seguir.
1. A origem das espécies, de Charles Darwin, adaptado e ilustrado por Sabina Radeva
"A origem das espécies" ganhou adaptação ilustrada da cientista e comunicadora Sabina Radeva — Foto: Intrínseca A origem das espécies, de Charles Darwin, ganhou uma versão ilustrada inédita direcionada ao público infantil. O livro de autoria da artista Sabina Radeva, formada em Biologia Molecular, contém ilustrações lúdicas e linguagem acessível extraída de trechos do texto original de Darwin. A obra foi traduzida para mais de 31 países, e se tornou um best-seller internacional.
Radeva resume a teoria da seleção natural em cinco tópicos e apresenta os termos científicos utilizados ao longo do livro em um breve apêndice. "Com este livro ilustrado, crianças vão aprender o poder da observação e reconhecer como a curiosidade em relação ao mundo natural é capaz de levar a incríveis descobertas”, comenta a autora, em comunicado da editora Intrínseca, responsável pela publicação no Brasil.
2. Rondon Menino Cândido, por Ciça e Ziraldo
Capa do livro "Rondon menino cândido", de Ciça Alves Pinto e Ziraldo — Foto: Documenta Pantanal A escritora Ciça Alves Pinto, autora de 28 livros infantis, e Ziraldo (1932–2024), um dos mais premiados artistas gráficos do país, narram em Rondon Menino Cândido a infância do marechal Cândido Mariano Rondon (1865–1958), herói nacional que defendeu os direitos dos povos indígenas, implantou linhas telegráficas pelo centro-oeste e ajudou a mapear o Pantanal e parte da Amazônia.
Conhecido pela política de não agressão – sintetizada em sua célebre frase “Morrer se preciso for; matar, nunca” – Rondon foi responsável pela criação do Serviço de Proteção ao Índio, em 1910, e tornou-se uma referência para nomes como Darcy Ribeiro e os irmãos Orlando, Claudio e Leonardo Villas-Bôas, com quem lutou pela criação do Parque Nacional do Xingu, primeira terra indígena homologada pelo governo brasileiro.
Escrito em 2016 para professores da rede pública de Rondônia, o livro ganha agora sua primeira edição comercial. A nova edição inclui glossário e conteúdos que contextualizam episódios históricos, como a Guerra do Paraguai e o projeto de unificação territorial da República, além da relação de Rondon com povos indígenas, como os nambiquara.
3. Nas Estrelas, escrito e ilustrado por Jacques Goldstyn
Capa do livro "Nas Estrelas" — Foto: Ovolê Aquilo que nos une pode ser maior do que aquilo que nos separa. Esta é a lição de Nas Estrelas, livro infanto-juvenil que fala sobre um menino judeu e uma menina muçulmana que se encontram sob o mesmo céu estrelado.
Assinada pelo canadense Jacques Goldstyn, a obra se passa no bairro Mile End, em Montreal, no Canadá. Os protagonistas se conectam pela paixão pelas estrelas e constelações e pelo sonho de se tornarem cientistas ou astronautas. “Esta obra, com sua delicadeza, ilustra de forma tocante como as crianças possuem o poder inato de se conectar, superando crenças, culturas e fronteiras”, afirma o autor, em comunicado.
Com ilustrações sutis em aquarela, que refletem diferenças culturais sem estereótipos, Nas Estrelas já conquistou leitores no mundo todo e ganhou várias premiações, incluindo: 1º lugar no Prêmio TD de Literatura Canadense para Crianças e Jovens (2020); 1º lugar no Prêmio dos Livreiros do Quebec – Categoria Juvenil 6 a 11 anos (2020); 1º lugar no Prêmio Libreter de Catalunha de Narrativa – Álbum Ilustrado (2021) e 1º lugar no Prêmio Atrapallibres (2023).
4. Missão planeta, escrito por Erika Rossetto e ilustrado por Isabela Weber
"Missão Planeta", da astrônoma Erika Rossetto — Foto: Ases da Literatura Após se tornar mãe, a astrônoma Erika Rossetto passou a inventar histórias para os filhos — um hábito que despertou sua veia literária. Seu lançamento mais recente é Missão Planeta, livro que combina fantasia e ciência para transmitir às crianças uma mensagem urgente sobre preservação ambiental.
"Pensar na Terra como um planeta único e especial pode ajudar a nos conscientizar sobre a importância de cuidar da natureza", reflete a paulistana, natural de Guarulhos, que é formada em astronomia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e mestre pela mesma instituição, com especialização em lixo espacial.
Com linguagem acessível, Missão Planeta incorpora dados astronômicos em uma narrativa lúdica que reforça um ponto central: a Terra é nosso lar insubstituível. “A principal mensagem é que vivemos em um planeta único que precisa ser preservado, porque não temos para onde ir caso ele se torne inabitável”, destaca a autora.
Para Erika, o livro simboliza a realização de um sonho duplo: unir a paixão pela astronomia à literatura. “Estou reunindo minha formação científica com o cuidado com a educação dos meus filhos”, afirma. A obra também se propõe a ser uma ferramenta de apoio para pais e educadores, facilitando o diálogo sobre ciência e meio ambiente com as novas gerações.
5. Vida em Marte (HQ), por Christian David e Flavio Soares
Casa do Lobor, 64 páginas | Impresso: R$ 99,85
"Vida em Marte", HQ intantojuvenil brasileira — Foto: Casa do Lobo Na HQ infantojuvenil Minha Vida Em Marte, dos autores gaúchos Christian David e Flavio Soares, conhecemos Vini, o primeiro menino da colônia humana em Marte. Junto de sua nova amiga Márcia, uma capivara alienígena, ele enfrenta monstros bizarros e vários desafios no planeta vermelho.
Segundo David, a inspiração para a história surgiu de sua paixão por tiras de humor, capivaras e ficção científica. "Quando pensei em criar uma tirinha, achei que dava pra juntar tudo… E deu!”, comenta. Já Soares revela que teve total liberdade para desenhar as cenas nos quadrinhos. “Vida em Marte nasceu originalmente para a internet, por isso usei uma estrutura de cenas ‘quadradas’, que funciona melhor em celulares", explica. "Essa escolha também deixou a versão impressa mais atraente e proporcionou uma experiência dinâmica para os jovens leitores”.
6. O menino que selecionava sabores, escrito por Francisco Neto Pereira Pinto e ilustrado por Fabiana Correa
"O menino que selecionava sabores", de Francisco Neto Pereira Pinto — Foto: Mercado das Letras Inspirado pelas próprias experiências com seus filhos, Francisco Neto Pereira Pinto, professor do programa de pós-graduação em Linguística e Literatura da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), narra a história de Ravi, um garoto de três anos que rejeita a maior parte dos alimentos, aceitando apenas comer arroz com feijão, macarrão e ovos mexidos.
Os pais recorrem a pediatras e nutricionistas, mas a situação não melhora. A mudança só acontece com a intervenção da avó, que incentiva Ravi a experimentar novos sabores sob uma única condição: se não gostar do que provou, não precisa continuar comendo. O menino, antes tão seletivo, demonstra como o afeto e a paciência podem transformar a relação das crianças com a comida.
Por meio de ilustrações coloridas, o livro apresenta aos jovens leitores uma variedade de frutas, verduras e legumes. A obra também traz prefácio da nutricionista, doutora em Ciências da Nutrição e mãe, Thalita Lin Netto Cândido, que compartilha estratégias práticas sobre introdução alimentar.
“Meus dois filhos tiveram episódios de seletividade alimentar. Isso me aproximou do universo de mães e pais que sofrem por seus filhos não estarem se alimentando como acham que devia", comenta o autor da obra. "A seletividade alimentar deve ser olhada para além de um prato colorido, diversificado e nutritivo. Cada cuidador, pai ou mãe deve se perguntar: qual a minha própria herança alimentar e o que eu estou transmitindo, mesmo sem saber?”.
7. Claudim bota a mão na massa, por Jennifer Aniston (Autor), Bruno Jacob (Ilustrador)
Capa de "Claudim bota a mão na massa" — Foto: VR Editora Inspirada em seu cachorro Clydeo, um Schnauzer, a atriz e produtora Jennifer Aniston, conhecida por seu papel na série Friends, estreia na literatura infantil com o livro Claudim bota a mão na massa (Clydeo Takes a Bite Out of Life).
Com ilustrações do artista visual brasileiro Bruno Jacob, a obra aborda temas como identidade, autoconfiança, valores familiares e a importância de seguir os próprios sonhos: será que Claudim vai encontrar seu verdadeiro talento?
Em homenagem ao cachorro Clydeo, Aniston também criou a fundação The Clydeo Fund, que apoia organizações de resgate de animais ao redor do mundo. Parte dos lucros do livro é destinada à fundação.
8. Benjamin, escrito por Denise Fleury e ilustrado por Yasmin Hassegawa
"Benjamin", livro de Denise Fleury — Foto: Divulgação Benjamin, novo livro infantil da escritora goiana Denise Fleury, aborda com delicadeza o afeto entre mãe e filho e a ansiedade causada pela separação. Inspirada por sua experiência como pedagoga e pela escuta clínica como psicóloga e psicanalista, a autora oferece uma ferramenta simbólica para que pais, mães e educadores possam lidar com esse momento complicado do desenvolvimento infantil.
Com sons e onomatopeias, o livro é bem lúdico e poético. Na história, dois elefantes simbolizam a ligação entre mãe e bebê — suas trombas representam o cordão umbilical e o entrelaçamento afetivo. Ao longo da leitura, a criança é convidada a se colocar no lugar do elefante, reconhecendo e elaborando sentimentos que ainda não sabe nomear.
Foram quatro anos de escrita e reescrita até a autora chegar à versão final da obra. “A principal mensagem do livro é mostrar à criança que o vínculo afetivo permanece e que a separação é temporária e necessária para o seu desenvolvimento social e afetivo”, explica Fleury.
9. Pra Onde Foi a Vó Zita?, de Márcia Abreu, ilustrado por Eva Mastrogiulio
Pra onde foi a vó zita? — Foto: Ovolê Vencedor do 1º lugar no Prêmio Alfredo Fernandes de 2020, o livro infantil Pra Onde Foi a Vó Zita? trata o tema do luto na infância com delicadeza e respeito, sendo voltado para crianças a partir dos 7 anos. Na história, a pequena Juju tenta compreender o desaparecimento repentino da avó e aprender a lidar com sua ausência.
"Numa manhã, ela acorda e se vê sozinha em casa. A casa está desarrumada. Que estranho a vovó não estar lá!", diz a sinopse da obra. A menina começa a ouvir sussurros, escuta que alguém foi para o céu, mas vai ficar “debaixo de um gramado num lugar que se chama saudade”. Ela adentra então uma jornada de descobertas emocionais que envolvem a perda.
10. História para toda gente, por Vitor Depieri
"História para Toda Gente", de Vítor depieri — Foto: Novos Ases O escritor, ator e produtor paulista Vítor Depieri estreia na literatura infanto-juvenil com História para toda gente ). Na trama, um menino que quer brincar de suas próprias brincadeiras acaba cedendo às dos outros e, aos poucos, começa a desaparecer — até chegar à Terra dos Sonhos Perdidos, cenário de realismo mágico que lembra a Terra do Nunca e os meninos perdidos de Peter Pan.
A narrativa convida o leitor a refletir sobre coragem, autenticidade e as imposições sociais que nos afastam de quem somos. O design do título, que traz a palavra “criança” riscada, reforça a ideia de que é uma história para crianças — mas que também pode ensinar lições a jovens e adultos.
Nascido em Mogi Guaçu (SP), em 1995, Depieri já atuou e produziu diversas obras de teatro e audiovisual, como Arco-Íris Sob um Céu Escuro e Casa da Rua Onze. Influenciado por autores como Clarice Lispector, Adriana Falcão e Michel Piquemal, o autor afirma escrever até mesmo “em pé, diante de um balcão alto”, num processo criativo que une movimento, introspecção e emoção.
11. O diário de Anne Frank (versão juvenil)
Capa de "O diário de Anne Frank" — Foto: Via Leitura Com elementos visuais que dialogam com o universo juvenil, como desenhos, fotos e rabiscos, uma nova versão de O diário de Anne Frank foi lançada pela Via Leitura em homenagem aos 80 anos da morte da garota judia que encantou o mundo.
A atualização em linguagem mais acessível traz na íntegra a versão B dos escritos de Anne — uma releitura feita pela própria menina, com linguagem mais literária e estruturada. O seu diário é considerado um clássico necessário por mostrar os impactos dos horrores da Segunda Guerra Mundial na vida de jovens e crianças.
"Hoje eu só tenho notícias ruins e deprimentes para contar", escreveu Anne. "Muitos dos nossos conhecidos judeus estão sendo levados em grupos. A Gestapo está os tratando de maneira muito bruta e levando-os em trens de gado até Westerbork, o grande campo de judeus em Drente (...). É quase impossível escapar, as pessoas no campo ficam estigmatizadas por causa de suas cabeças raspadas e muitas também por sua aparência judia".
12. Trança a Trança, por Madu Costa, com ilustrações de Ana Paula Sirino
"Trança a trança", livro de Madu Costa — Foto: Intrínseca Este livro ilustrado nacional celebra o pertencimento, a beleza e a ancestralidade do povo negro. O texto ressalta o carinho com que uma avó trança o cabelo da neta. A proposta da obra é que meninos e meninas tenham contato com histórias representativas desde a infância.
O texto é da mineira Madu Costa, autora de mais de 25 livros infantis escritos a partir de sua experiência como mulher preta. Já as ilustrações são assinadas pela também mineira Ana Paulo Sirino, ilustradora autodidata que cresceu no quilombo Torra, em Sabinópolis.
13. O Menino Bolha, por Ilan Brenman, com ilustrações de Elder Galvão
"O menino bolha", de Elder Galvão — Foto: PeraBook "Ele nasceu em um lindo dia ensolarado, cercado de amor e cuidado. Primeiro filho, neto e sobrinho de uma família, o menino logo se viu, literalmente, envolto por uma bolha de superproteção. Até onde vai o cuidado? E quando ele começa a aprisionar?", questiona a contracapa de O Menino Bolha.
Com texto sensível e bem-humorado de Ilan Brenman, vencedor do Jabuti 2024, este livro da editora PeraBook nos convida a refletir sobre liberdade e o verdadeiro sentido de proteger. Os leitores mirins mergulham em quatro temas socioemocionais abordados: família, medo, coragem e autonomia.

há 1 mês
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