Windows sob risco por bug em JPEG

há 4 dias 2
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Uma vulnerabilidade crítica (score CVSS 9.8) no Windows Graphics Component permite que invasores controlem sistemas, basta que a vítima abra ou apenas visualize uma imagem JPEG especialmente manipulada.
O bug afeta a biblioteca windowscodecs.dll, presente em versões recentes do Windows 10, 11 e Server 2025, com risco elevado por dispensar interação do usuário para exploração.

Como funciona o ataque

O problema decorre da dereferência de ponteiros não confiáveis durante o processamento JPEG, o ataque manipula buffers para tomar controle da memória, por meio de arquivos embutidos em documentos Office ou enviados por e-mail.
Pesquisadores da Zscaler e Check Point detalham que o exploit ocorre via funções internas no processo de decodificação de imagens, viabilizando execução de código arbitrário com alto privilégio.

Exploração prática e PoC

Na exploração prática, atacantes podem criar JPEGs com metadados maliciosos que manipulam o heap para executar shellcode, inclusive por técnicas de spray de memória e ROP (Return-Oriented Programming) em sistemas 64-bit.
Em setups antigos (32-bit), o ataque é facilitado pela ausência do Control Flow Guard.

Versões afetadas e atualização

| Produto | Versão Impactada | Versão Corrigida |
| Windows Server 2025 | 10.0.26100.4851 | 10.0.26100.4946 |
| Windows 11 24H2 (x64) | 10.0.26100.4851 | 10.0.26100.4946 |
| Windows 11 24H2 (ARM64) | 10.0.26100.4851 | 10.0.26100.4946 |

Microsoft corrigiu o problema no Patch Tuesday de agosto de 2025. Atualizações devem ser aplicadas imediatamente, especialmente em ativos críticos e servidores.

Recomendações de proteção

  • Aplicar os patches de agosto de 2025 via Windows Update.
  • Desabilitar pré-visualização automática de imagens em clientes de e-mail.
  • Utilizar sandbox para arquivos e monitorar processamento gráfico de documentos suspeitos.
  • Manter sistemas gráficos e bibliotecas continuamente atualizados.

Apesar de não haver exploits ativos observados, o potencial para ataques em escala — especialmente por ransomware e espionagem — exige resposta proativa e reforço das práticas de atualização.

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