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A V.tal registrou prejuízo líquido de R$ 344 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 306 milhões auferido no mesmo período do ano passado, de acordo com balanço financeiro divulgado na noite desta quinta-feira, 13.
Em nove meses, o prejuízo soma R$ 700 milhões. Entre janeiro e setembro de 2024, a operadora de infraestrutura apurava ganhos de R$ 914 milhões.
Segundo a empresa, impactam os resultados do ano uma redução prevista de aproximadamente R$ 600 milhões em receita não caixa do acordo take-or-pay de cessão de fibra apagada (LTLA) com a Oi, ganhos não recorrentes observados no ano passado na casa de R$ 300 milhões e a redução do ritmo de extração e venda de cobre de cerca de R$ 300 milhões.
Além disso, o resultado líquido foi afetado por custos não recorrentes relacionados à integração da Nio, avaliados em R$ 300 milhões, e pelo aumento das despesas de infraestrutura para operações de fibra óptica, também na casa de R$ 300 milhões.
Confira, a seguir, os principais números da V.tal no terceiro trimestre, ante o mesmo período do ano anterior.
- Prejuízo líquido: R$ 344 milhões;
- Ebtida: R$ 360 milhões (-69%);
- Margem Ebitda: 20% (-35 p.p.);
- Receita líquida: R$ 1,83 bilhão (-13%);
- Capex: R$ 560 milhões (+46%).
Receitas em baixa
A V.tal reportou receitas de R$ 1,83 bilhão no terceiro trimestre, baixa de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. Os custos operacionais, por outro lado, avançaram 55%, chegando a R$ 1,47 bilhão.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) sofreu queda de 69%, para R$ 360 milhões, ante R$ 1,15 bilhão no terceiro trimestre de 2024.
A margem, no intervalo de 12 meses, teve queda de 35 pontos percentuais (p.p.), saindo de 55% para 20%.
Investimentos avançam
Já o capex teve expansão de 46% no terceiro trimestre, totalizando R$ 560 milhões. Em nove meses até setembro, os investimentos somaram R$ 1,61 bilhão (+50%).
Segundo a V.tal, o capex foi ampliado em função dos investimentos para conclusão da obra do data center Mega Lobster, inaugurado em Fortaleza no mês passado.
Os desembolsos também foram direcionados para a marca de banda larga Nio, sobretudo envolvendo aquisição de equipamentos de rede e sistemas operacionais.
Estratégia
No balanço, a V.tal destacou que conta com mais de 400 mil casas conectadas, excluindo a Nio. Também afirma que obteve o terceiro maior crescimento em termos de adições líquidas no setor de banda larga de fibra óptica nos últimos oito meses.
A empresa informou que a Nio, operação segregada de banda larga fixa oriunda da aquisição da Oi Fibra, encerrou o terceiro trimestre com aproximadamente 3,5 milhões de assinantes.
A estratégia para a subsidiária envolve redução do churn (taxa de evasão de clientes) e incremento da receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês), com apoio da ampliação dos canais de vendas e do portfólio de produtos.
"A administração tem focado na segregação sistêmica de serviços compartilhados com a Oi Services, um dos principais custos não recorrentes da operação, com a finalidade de assegurar maior controle operacional e redução de riscos operacionais", ressalta a V.tal, em trecho do balanço, sobre a operação da Nio.

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