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Uma tragédia abalou o centro histórico da capital italiana na última segunda-feira (3), quando parte da Torre dei Conti — uma estrutura medieval de quase 800 anos localizada a menos de um quilômetro e meio do Coliseu — desabou durante a condução de obras de restauração. O acidente acabou matando um trabalhador que estava no interior do edifício.
A vítima foi identificada como Octav Stroici, um operário romeno de 66 anos. Soterrado, ele só conseguiu ser retirado dos escombros cerca de 11 horas após o colapso inicial. Apesar dos esforços da equipe médica de emergência, o homem não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital, segundo informações da revista Smithsonian.
Na manhã do acidente, o contraforte central da torre desabou sobre si mesmo, provocando o colapso da base. Três trabalhadores foram resgatados sem ferimentos, enquanto um quarto foi hospitalizado, informou Luca Cari, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Roma, à Associated Press.
Os esforços para salvar Stroici se estenderam ao longo de todo o dia. Parte da escadaria e do telhado cedeu após o primeiro desabamento, dificultando o acesso dos socorristas, que tentaram chegar ao operário por uma janela do primeiro andar. Com o risco de novos desmoronamentos, a operação foi suspensa e retomada diversas vezes.
Torre após o colapso de 3 de novembro de 2025 — Foto: Wikimedia Commons Durante o final da tarde, bombeiros utilizaram um guindaste e tubos de sucção para remover os escombros e alcançar a vítima, que ainda se comunicava com os socorristas e usava uma máscara de oxigênio. “A operação demorou muito porque, a cada vez que uma parte do corpo era libertada, mais escombros a cobriam”, explicou o prefeito de Roma, Lamberto Giannini, à imprensa.
Após ser resgatado e colocado em uma ambulância, Stroici chegou ao hospital em parada cardíaca, sem possibilidade de reanimação. O Ministério das Relações Exteriores da Romênia manifestou condolências à família por meio das redes sociais, afirmando: “Juntos, mantivemos a esperança até o último momento.”
Mediante a ocorrência, a Procuradoria de Roma abriu uma investigação por “desastre culposo e homicídio doloso”, conforme noticiou a agência ANSA. A Prefeitura afirmou que inspeções anteriores haviam considerado a estrutura segura para as obras. Apesar dos danos significativos, a torre segue parcialmente de pé.
A Torre dei Conti, erguida no início do século 13 por encomenda do Papa Inocêncio III em homenagem à sua poderosa família, os Conti, é um marco da Roma medieval. Originalmente, tinha entre 50 e 60 metros de altura, mas foi reduzida aos atuais 29 metros após sucessivos terremotos que danificaram seus andares superiores..
O edifício estava desabitado desde 2006 e, em junho deste ano, passou a ser restaurado por meio de um projeto financiado pela União Europeia, avaliado em quase US$ 8 milhões (cerca de R$ 42,8 milhões), com o objetivo de transformá-lo em um museu. Segundo comunicado da Prefeitura de Roma, a reforma incluía a remoção de amianto e a modernização das instalações elétricas, hidráulicas e de iluminação.

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