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A expectativa de uma safra recorde de soja no ciclo 2025/26 voltou a reposicionar o agronegócio brasileiro no radar dos investidores, apesar do ambiente macroeconômico ainda pressionado pela taxa Selic a 15% ao ano.
A projeção de aumento da área plantada para cerca de 49 milhões de hectares e uma produção que pode superar 175 milhões de toneladas acendeu um sinal claro de que, para produtores tecnificados, o campo segue gerando margem — mesmo longe dos anos de euforia.
“Se fosse uma crise tão severa assim, não haveria expansão no binômio soja e milho”, afirmou Gustavo Almeida, gestor da XP Asset.
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Segundo ele, os fundos agro da casa, XP Crédito Agrícola (XPCA11) e XP Crédito do Agronegócio (XPAG11), aproveitaram o trimestre para reduzir caixa e reforçar alocações.
Foram mais de R$ 180 milhões investidos, incluindo uma nova operação estruturada com a ACP, um dos maiores fornecedores de cana do país, e a entrada da Serial Ouro no portfólio.
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O calendário do terceiro trimestre também marca o início da colheita da soja e o encerramento da safra sucroenergética, que deve ser menor por causa do impacto climático de 2024. No açúcar, o cenário virou com a recuperação da produção na Índia e na Tailândia, derrubando preços após meses de forte alta.
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Soja forte, China comprando menos e prêmios em alta
Gabriel Tosini, da XP Asset, destacou que o trimestre foi marcado por um plantio acelerado no Brasil, beneficiado por chuvas regulares no Centro-Oeste, apesar da ausência da China no mercado americano em boa parte do período.
“O que mais balizou os preços não foi a safra brasileira, mas a falta da demanda chinesa nos EUA”, afirmou. A movimentação fez os prêmios no Brasil se descolarem de Chicago, favorecendo travas e fixações.
Mesmo com margens mais apertadas que nos anos de boom, produtores com gestão eficiente seguem rentáveis.
“Buscamos sempre o produtor tecnificado, com governança e visão empresarial”, explicou.
Consultorias agro projetam aumento relevante da produtividade após a quebra recente.
O milho seguiu a mesma dinâmica: oferta global elevada, safra recorde brasileira e alívio nos custos para pecuaristas, frigoríficos e usinas de etanol de milho. A safrinha chegou a mais de 112 milhões de toneladas, 10 milhões acima do recorde anterior.
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No boi gordo, o trimestre consolidou o Brasil como potência exportadora. As vendas externas alcançaram 320 mil toneladas apenas em outubro, somando 2,5 milhões de toneladas no ano — alta de 16%.
“É um mercado muito eficiente, com recorde atrás de recorde”
Açúcar muda de direção e Selic pressiona caixa de produtores
O açúcar, estrela dos últimos três anos, entrou em fase de correção. Chuvas fortes na Ásia ampliaram a oferta e abriram o primeiro superávit global desde 2020.
Mesmo com a queda, usinas seguem protegidas por fortes níveis de fixação. O desafio agora será o preço da próxima safra.
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No crédito, o juro elevado segue como principal ponto de atenção. Segundo Almeida, a manutenção da Selic em 15% pressiona o serviço da dívida e tem exigido alongamentos e reforço de caixa.
“A expectativa é de alívio apenas a partir de meados de 2026”, disse o gestor.
Apesar do ambiente ainda duro para parte dos produtores, a XP Asset reforça que o segmento tecnificado continua gerando caixa operacional positivo — critério central para seleção de crédito.
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Com os novos aportes e operações estruturadas, XPCA e XPag encerram o trimestre com portfólios diversificados, adimplentes e mais próximos do nível ideal de alocação.

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