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A modernização de sistemas empresariais, especialmente em grandes corporações, é hoje um dos pilares da transformação digital na América Latina. Neste cenário, migrar plataformas legadas para o SAP S/4HANA tornou-se uma prioridade estratégica para ganhar eficiência, escalabilidade e competitividade, mas junto com as oportunidades, surgem riscos à segurança da informação. Segundo a pesquisa do UK & Ireland SAP User Group (UKISUG), 61% dos clientes SAP afirmam que desafios na gestão de dados retardaram a automação de processos e dificultaram a migração para o SAP S/4HANA, enquanto 66% identificaram a gestão de dados como uma barreira significativa ao migrar do SAP ECC para o S/4HANA. Os problemas mais comuns incluem exposição indevida de dados sensíveis, ausência de controles rigorosos sobre acessos privilegiados, falhas de criptografia e o uso de ambientes de teste desprotegidos.
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Além de riscos técnicos, uma migração mal executada pode gerar impactos financeiros e reputacionais graves. Multas regulatórias, paralisações operacionais e perda de receita são consequências diretas de falhas de segurança, enquanto a reputação da marca pode ser comprometida junto a clientes, parceiros e investidores.
“A segurança digital deixou de ser apenas uma preocupação da área de TI e impacta diretamente a continuidade do negócio, a reputação da marca e o cumprimento de contratos e legislações. Durante uma migração SAP, qualquer falha pode gerar prejuízos severos e paralisações operacionais. Por isso, a segurança deve estar no centro da estratégia de transformação”, afirma Marcel Nakazawa, Head of Product Management da Mignow, empresa pioneira na utilização de IA para migrações SAP.
A complexidade do cenário se intensifica diante da especificidade regulatória presente na América Latina, que inclui legislações como a LGPD no Brasil e a LFPDPPP no México, além de normas emergentes em outros países. Garantir conformidade em múltiplas jurisdições exige mapeamento minucioso das exigências legais e a adoção de práticas como anonimização e mascaramento de dados, controle rigoroso de acessos e auditorias automatizadas.
Entre as estratégias eficazes para evitar vazamentos estão o scramble de dados sensíveis em ambientes não produtivos, uso de VPNs corporativas, expiração automática de acessos temporários, monitoramento contínuo de logs e a validação prévia de ambientes de teste.
“Nesta integração entre tecnologia, processos e suporte jurídico é o diferencial competitivo das empresas que desejam competir globalmente. Organizações que adotam uma abordagem estruturada e multijurisdicional garantem não apenas a proteção de seus dados, mas também a continuidade dos negócios e a confiança de clientes e parceiros, mesmo em um cenário de riscos cibernéticos crescentes”, complementa o especialista.
Ferramentas como o SAP IAG (Identity Access Governance) e o SAP GRC (Governança, Risco e Conformidade) têm ganhado relevância no mercado por automatizar o controle de acessos, reforçar políticas de segregação de funções e proteger informações sensíveis em todas as fases da migração. Em setores altamente regulados, como o farmacêutico, frameworks como a Validação de Sistemas Computadorizados (VSC) são indispensáveis para assegurar que todos os processos críticos estejam operacionais e em conformidade após a conversão.
No caso da Mignow, a automação é aplicada em fases críticas como o Software Update Manager (SUM), historicamente um gargalo técnico. Automatizar essa etapa reduz falhas humanas, garante precisão e permite auditoria contínua e segura, acelerando projetos sem comprometer a governança.
Esse movimento já é visível em empresas latino-americanas que buscam se posicionar globalmente. Muitas têm criado áreas dedicadas de governança de TI, revisado processos legados e investido em tecnologias que redesenham fluxos de trabalho com foco em eficiência, rastreabilidade e segurança. Soluções como o SAP Signavio, integrante do portfólio SAP BTP, permitem mapear e otimizar processos desde o início da jornada, integrando gestão de mudanças, automação e conformidade regulatória.
“Cada projeto de migração é uma oportunidade única para modernizar processos e elevar o padrão de segurança. Quem enxerga a segurança digital como um investimento estratégico, e não apenas como custo, está mais preparado para crescer de forma sustentável e competir em um mercado cada vez mais conectado e exigente”, finaliza Nakazawa.

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