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Um técnico especializado em reparos eletrônicos acaba de expor um problema crítico que afeta tanto a GeForce RTX 5090 Founders Edition quanto a linha profissional RTX Pro 6000: a arquitetura modular que deveria facilitar consertos está, ironicamente, tornando essas placas irreparáveis.
A história começou quando o canal NorthridgeFix documentou o caso de uma RTX 5090 com defeito. A placa topo de linha da NVIDIA adota um design dividido em três módulos distintos: PCB principal, placa de saídas de vídeo e placa PCIe. Tudo conectado por interfaces internas proprietárias.
O conceito parece inteligente no papel. Módulos substituíveis deveriam reduzir custos e tempo de reparo. Mas existe um detalhe devastador: a NVIDIA não vende essas peças separadamente.
Quando o transporte vira sentença de morte
O segundo caso trazido pelo técnico envolve uma RTX Pro 6000, vendida atualmente por quase US$ 10 no mercado americano. No Brasil este modelo custa na casa dos R$ 80 mil. O dono — descrito como um influenciador digital com milhões de seguidores — transportou o desktop montado. O resultado? A placa PCIe simplesmente quebrou durante o trajeto.
Não foi azar. O peso excessivo das placas modernas já causava fraturas em slots PCIe desde a era da RTX 4090. A diferença agora é que o problema migrou para dentro da própria GPU.
O conector interno permaneceu intacto, mas a placa multicamadas com os contatos sofreu dano estrutural. Em qualquer produto tradicional, bastaria substituir o componente danificado. Aqui, a solução não existe.
Modular no design, monolítico na prática
A ironia é brutal: um sistema criado para facilitar manutenções se tornou a razão pela qual elas são impossíveis. Sem acesso aos módulos de reposição, técnicos qualificados ficam de mãos atadas diante de danos que seriam triviais de corrigir.
A NVIDIA prometeu substituir a RTX 5090 do primeiro caso após repercussão do vídeo. Mas a troca ainda não aconteceu, e o canal mantém acompanhamento público do desfecho.
Para a RTX Pro 6000, destinada a estações de trabalho profissionais, o cenário é ainda mais preocupante. Equipamentos dessa categoria custam fortunas e são ferramentas de produção. Uma falha mecânica simples não deveria decretar perda total.
A política do descartável em hardware premium
O técnico reconhece que a NVIDIA não tem obrigação legal de garantir reparabilidade. A empresa pode projetar produtos como quiser. Mas isso levanta questões éticas sobre sustentabilidade e direito ao reparo.
Quando uma placa desse preço vira eletrônico descartável por falta de um componente de poucos dólares, algo está fundamentalmente errado. Especialmente em equipamentos profissionais onde tempo de inatividade representa prejuízo direto.
A expectativa é que a pressão pública force mudanças na política de fornecimento de peças. Mas enquanto consumidores continuarem comprando produtos irreparáveis, fabricantes têm pouco incentivo para mudar.

há 1 semana
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