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Pesquisadores da ISH Tecnologia afirmam que os backups se tornaram o novo alvo prioritário dos grupos de ransomware, ampliando de forma significativa os danos financeiros e operacionais às organizações. De acordo com o levantamento, 94% das empresas atingidas em 2024 relataram tentativas de comprometimento de cópias de segurança, índice que chega a 99% em setores governamentais e de mídia/entretenimento.
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Os ataques não apenas miram dados primários, mas buscam neutralizar a última linha de defesa das vítimas. A estratégia tem se mostrado altamente eficaz: 57% das tentativas de comprometimento funcionaram, alcançando 79% no setor de energia e 71% em educação.
“Esse movimento mostra uma mudança clara no campo de batalha digital. Ao inviabilizar a restauração, os criminosos ampliam a pressão pelo pagamento do resgate e aumentam drasticamente seus ganhos”, explica Hugo Santos, Diretor de Inteligência de Ameaçasda ISH Tecnologia.
O impacto financeiro acompanha a escalada: quando backups são comprometidos, a chance de pagamento quase dobra (67% contra 36%), o valor mediano de resgate sobe de US$ 1 milhão para US$ 2,3 milhões e os custos de recuperação podem ser oito vezes maiores. O caso da subsidiária da UnitedHealth Group ilustra essa realidade: US$ 872 milhões em perdas no primeiro trimestre de 2024, combinando custos diretos de resposta e perda de produtividade.
Além do prejuízo imediato, especialistas alertam para riscos regulatórios e de reputação. Sem medidas de proteção, empresas ficam vulneráveis não apenas à paralisação das operações, mas também a sanções legais e danos à confiança do mercado.
Para mitigar os riscos, a ISH recomenda que organizações adotem práticas como:
- Arquitetura de backup resiliente, baseada no modelo 3-2-1-1-0, com cópias imutáveis e isolamento lógico/físico.
- Controle de acesso rigoroso, com autenticação multifator e princípio do menor privilégio.
- Monitoramento contínuo, incluindo detecção de alterações em snapshots e exfiltração camuflada.
- Testes regulares de restauração, validados em ambientes isolados para garantir integridade.
“O cenário atual exige que backups sejam tratados como ativo estratégico, e não apenas como rotina operacional. A resiliência nesse ponto pode ser a diferença entre a continuidade ou a falência após um ataque”, conclui Santos.