Pimco vende mais ações da Oi e reduz participação para 24,45%

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Pimco vende mais ações da Oi e reduz participação na tele(crédito: Freepik)

A Pimco (Pacific Investment Management Company LLC), maior acionista individual da Oi, vendeu mais ações da tele na terça-feira, 18, conforme comunicado divulgado pela operadora ao mercado.

Os fundos geridos pela Pimco alienaram, de forma consolidada, 18,13 mil ações ordinárias da Oi, montante que representa 5,52% do capital social total e votante da tele.

Com isso, a gestora permanece com 80,35 mil ações ordinárias da Oi, ainda detendo 24,45% de participação na operadora.

Vale lembrar que, na segunda-feira, 17, a Oi emitiu um comunicado relatando que a Pimco havia vendido 15,28 mil ações ordinárias (4,65% do capital social total e votante). Naquela ocasião, a participação acionária da gestora tinha diminuído de cerca de 35% para 29,97% do capital da Oi.

Movimentação da Pimco

No comunicado divulgado na noite de terça-feira, a Pimco voltou a dizer que não tem plano ou intenção de alterar a composição do controle acionário ou a estrutura da Oi.

A gestora também assegura que não detém valores mobiliários da Oi (exceto as ações ordinárias) ou está exposta a operações com derivativos relacionados aos ativos da tele. A Pimco ainda diz que não tem qualquer contrato ou pré-contrato sobre alienação de valores mobiliários da operadora.

A venda de ações, contudo, ocorre em meio à retomada da recuperação judicial da Oi, após a Justiça, em segunda instância, ter suspendido o decreto de falência da empresa.

Inclusive, na decisão na qual o processo de recuperação foi reinstituído, a desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara de Direito Privado da Justiça do Rio de Janeiro, determinou que seja apurada "a responsabilidade, em termos acionários e diretivos […] da empresa Pimco". Entre outros pontos, a magistrada questiona o papel da empresa nos números negativos da tele e indícios de abuso de poder.

Além disso, no início de novembro, o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1) determinou o arresto de notas de crédito titularizadas pela Pimco como forma de honrar as dívidas trabalhistas da Serede, subsidiária da Oi. A cautelar da Justiça entende que a gestora tem responsabilidade solidária nas obrigações da Serede.

A Justiça do Trabalho também levantou indícios de esvaziamento de patrimônio e gestão fraudulenta da Oi por parte de controladores e administradores. As preocupações do TRT-1 foram reiteradas pelo Ministério Público do Trabalho.

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