“Perdi R$ 80 mil e quase desisti”: o prejuízo que mudou a trajetória de Léo Hoffmann

há 3 horas 2
ANUNCIE AQUI

Conteúdo XP

O trader Léo Hoffmann relembra um erro marcante que virou ponto de inflexão na sua carreira. A partir dessa perda, ele mudou completamente a forma como lida com o mercado, com o risco e com as próprias emoções. Mais do que um ‘loss’, foi um divisor de águas no processo de amadurecimento. “Foi o evento mais importante da minha vida como trader”, afirma.

Convidado do episódio 242 do GainCast, Hoffmann abriu detalhes sobre os altos e os baixos da sua trajetória no mercado, incluindo um episódio decisivo: uma perda expressiva em uma operação de Bitcoin que quase o fez desistir do trading.

O erro que redefiniu a sua trajetória

“Foi em 2018, né, quando eu estava fazendo ainda essa migração das criptos pra bolsa. E foi um loss pesado no Bitcoin. Eu estava operando alavancado, em corretoras que naquela época eram as primeiras que estavam permitindo. E dormi posicionado. Fui adicionando lote, coisa que eu nunca fazia já naquela época de fazer um médio contra, sabe?”, relembra.

A operação terminou com um prejuízo de R$ 80 mil, próximo ao seu aniversário.

“Demorei algumas semanas para falar para minha esposa. Fiquei depois algumas semanas sem olhar para o mercado. Foi um evento meio traumático, mas eu acho que foi o evento mais importante da minha vida como trader.”

Segundo Hoffmann, o episódio foi o gatilho para uma mudança profunda no seu comportamento operacional e emocional. “A partir dali eu comecei a olhar de fato pro gerenciamento de risco como eu deveria”, observa.

Ele conta que chegou a cogitar abandonar o mercado. “Cheguei a pensar: não quero mais isso aqui pra mim. Vou voltar a trabalhar na empresa em que eu trabalhava”, admite.

Mas decidiu usar a experiência como aprendizado. “Eu falei: fiz um ano e pouco, consegui extrair valor, mesmo que ainda nos altos e baixos. Não vai ser isso que vai me derrubar. Eu vou aprender com isso para nunca mais fazer”, conclui.

Leia também:

Ganhos, sorte e a decisão de arriscar

Antes da perda marcante, Hoffmann já havia feito ganhos relevantes com a alta histórica do Bitcoin em 2017, logo após seu início no mercado.

Continua depois da publicidade

“Esse primeiro ano de 2017, eu consegui fazer uma grana, mas foram altos e baixos. Eu não tinha consistência no gerenciamento de risco. Não eram resultados que tinham uma crescente tão sólida”, relembra.

Ele reconhece que, naquele momento, a sorte também teve papel importante. “Posso ter contado um pouquinho com a sorte também de pegar aquele momento de boom do Bitcoin”, explica.

Quando decidiu pedir demissão de seu trabalho em TI no fim de 2017, Hoffmann tinha consciência de que ainda não era um trader profissional.

Continua depois da publicidade

“Eu sabia que eu não era um trader profissional. Nunca me considerei um trader profissional naquele momento”, afirma.

Mas decidiu se planejar. “Falei: nossa, vou mergulhar de cabeça nisso aqui pra buscar multiplicar isso que eu consegui fazer”, pontua.

Do simulador ao método estruturado

Ao migrar para a bolsa, Hoffmann não teve pressa em operar com dinheiro real. Antes, passou por uma etapa essencial de adaptação.

Continua depois da publicidade

“Passei por um período no simulador para me adaptar e tudo mais”, relata. Nesse estágio, ele testou setups, ajustou o mindset e começou a entender a dinâmica do day trade com mais profundidade.

A partir de 2018, ele intensificou sua rotina de estudos e prática. O foco em repetição e análise crítica dos próprios trades começou a gerar resultados mais consistentes. “A técnica foi se desenvolvendo com muito estudo e muita dedicação”, afirma.

O aprendizado deixou de ser intuitivo e passou a se transformar em um método mais estruturado.

Continua depois da publicidade

O amadurecimento veio com a capacidade de sistematizar decisões. “Dali para frente eu acho que já tinha um operacional mais maduro, mais conciso, de eu conseguir descrever com regras aquilo que eu fazia”, diz.

Para ele, isso foi essencial para tirar a subjetividade da tomada de decisão. “Na análise técnica, a gente sabe que tem muita subjetividade. Então, você precisa ter algumas amarras ali para ter uma clareza naquilo que você vai executar”, observa.

Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice

Ler artigo completo