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(iStock/ Rmcarvalho)
O Banco Daycoval projeta que a Selic — a taxa básica de juros do Brasil — permanecerá no patamar de 15% até o final de 2025, com o ciclo de cortes começando apenas em janeiro de 2026.
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Em seu relatório mensal divulgado nesta semana, os analistas avaliam que, apesar da melhora em alguns indicadores, o cenário não é suficiente para início de corte de juros este ano no Brasil.
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O banco projeta que a partir de janeiro, os cortes sejam graduais, de 0,25 p.p. , levando a taxa básica de juros para 11,50% ao final de 2026.
A principal razão para a cautela do Banco Central (BC), segundo o Daycoval, é a “resiliência da inflação de serviços num ambiente de mercado de trabalho com arrefecimento gradual”, o que reforça o viés de adiamento do início da flexibilização.
A projeção para a inflação deste ano foi revisada para baixo, de 4,9% para 4,8%. A melhora veio principalmente da alimentação no domicílio, cuja expectativa de alta caiu de 5,2% para 4,7%, após recentes surpresas baixistas.
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Para 2026, no entanto, a projeção de inflação foi elevada de 4,0% para 4,1%. A principal causa para a revisão, segundo o relatório, é o aumento do ICMS sobre combustíveis previsto para janeiro. Apesar disso, o banco mantém a expectativa de desaceleração da inflação ao longo do próximo ano.
PIB e cenário fiscal
O Daycoval manteve sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 em 2,1%, esperando uma desaceleração para 1,9% em 2026.
A análise setorial mostra um cenário misto. A indústria exibe uma “retração generalizada”, com a exceção de bens intermediários. Contudo, este último segmento deve ser o mais impactado por novas tarifas de importação dos Estados Unidos, com expectativa de perda de fôlego nos próximos meses.
Já o setor de serviços apresenta resiliência, com destaque para os segmentos de Transportes, Informação e Intermediação financeira.
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No campo fiscal, a avaliação é de que o governo deve cumprir a meta para 2025, mas com dificuldades. O desafio aumenta para 2026, com o Daycoval apontando para receitas superestimadas no orçamento e uma crescente pressão de gastos obrigatórios. A maior preocupação é o BPC (Benefício de Prestação Continuada), para o qual o banco projeta uma alta real de 12%.
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