PCC movimentou R$ 6 bi com rede de postos e motéis em São Paulo, diz investigação

há 1 semana 3
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Uma operação conjunta do Ministério Público e da Receita Federal revelou um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo as autoridades, a facção movimentou cerca de R$ 6 bilhões em quatro anos, utilizando uma rede que controlava 267 postos de combustíveis, 60 motéis em São Paulo e empresas ligadas a jogos de azar. A apuração foi feita pelo Fantástico, da TV Globo.

De acordo com promotores, os motéis eram usados para mascarar receitas, já que não existe controle formal do fluxo de clientes. O resultado eram movimentações financeiras muito superiores às declaradas.

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Para dar aparência de legalidade, o dinheiro passava por fintechs, especialmente o BK Bank, apontado como peça central na ocultação da origem e do destino dos valores. A instituição afirma que é regulada pelo Banco Central e nega envolvimento com irregularidades.

Ameaças e intimidação

A investigação também identificou relatos de coação. Donos de postos afirmaram ter sido forçados a vender seus negócios sob ameaça. Em alguns casos, os compradores mantinham os empreendimentos no nome das vítimas, mas operavam com combustíveis adulterados.

“As vítimas eram punidas duas vezes: primeiro porque não recebiam o pagamento e depois porque respondiam pelos crimes cometidos nos seus nomes”, explicou o promotor Sílvio Loubeh ao jornal.

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Um dos empresários descreveu as pressões recebidas: “Ele dizia que pai mata filho por dinheiro e filho mata pai por dinheiro. Era uma ameaça velada para que eu entregasse o posto”.

Personagens citados

As apurações mencionam Alexandre Leal, identificado por uma vítima como comprador de um posto; Wilson Pereira Júnior, o “Wilsinho”, apontado como sócio do empresário Flávio Silvério Siqueira em algumas negociações.

Siqueira afirma que não tem contato com o PCC nem com empresas do ramo de motéis, e a defesa de Wilsinho diz que ele não foi formalmente citado. A reportagem não localizou Alexandre Leal.

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Segundo o MP, os recursos ilícitos eram usados para comprar bens de luxo, como helicópteros avaliados em R$ 6 milhões e carros de até R$ 3 milhões.

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