OpenAI prepara rede social de vídeos criados por IA para rivalizar com TikTok

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A OpenAI se prepara para dar um dos maiores saltos da sua história: entrar no universo das redes sociais. Segundo informações da Wired e do Wall Street Journal, a empresa está finalizando uma plataforma de vídeos ao estilo TikTok — mas com um detalhe radical. Nenhum dos clipes será gravado por pessoas: todo o conteúdo será gerado por inteligência artificial por meio do modelo Sora 2, a tecnologia de vídeo mais avançada da companhia.

Um TikTok reimaginado pela IA

Tik Tok 2

A proposta segue a dinâmica tradicional que popularizou o TikTok: feed infinito, vídeos curtos em formato vertical, curtidas, comentários e recomendações guiadas por algoritmos.
A diferença está no processo de criação. Em vez de subir gravações da câmera ou importar trechos de outros apps, os usuários só poderão gerar vídeos de até 10 segundos diretamente com IA, a partir de prompts textuais.

O resultado: uma rede onde cada clipe nasce sintético, sem a participação “real” da câmera, mas moldado pela imaginação dos usuários.

Identidade digital no centro

Para aumentar a conexão com os criadores, o app terá uma função de verificação de imagem. Usuários autorizados poderão se inserir em clipes criados por eles — ou até aparecer em vídeos feitos por terceiros.
Um exemplo dado por fontes próximas: um amigo pode gerar um vídeo em que ambos aparecem caminhando na Lua. Sempre que uma identidade digital for usada, o dono receberá uma notificação, mesmo que o vídeo nunca seja publicado.

A polêmica do conteúdo protegido

O modelo não escapa de controvérsias. A OpenAI estaria notificando agências de talentos e estúdios com sua política de “exclusão voluntária”: se um criador não pedir explicitamente que seu conteúdo não seja utilizado, a empresa assume que pode treiná-lo em seus modelos sem oferecer compensação.
Na prática, isso coloca a responsabilidade nas mãos de artistas, músicos e produtores, abrindo novo debate sobre direitos autorais na era da IA.

Corrida por vídeos sintéticos

A estreia também marca a primeira tentativa da OpenAI em controlar diretamente uma plataforma de consumo. Até agora, a companhia fornecia apenas as ferramentas de IA. Agora, decide disputar terreno com gigantes que já se movimentam:

  • O Meta apresentou em 2025 o Vibes, uma seção do Meta AI dedicada a curtas feitos com prompts.

  • O Google integrou o Veo 3 diretamente ao YouTube para geração de conteúdos visuais.

A aposta de Sam Altman é clara: não apenas liderar na criação de modelos, mas também dominar o palco onde a audiência consome esses vídeos.

Monetização em paralelo

A movimentação da OpenAI acontece no mesmo momento em que a empresa acelera seus planos de monetização. No ChatGPT, foi anunciada a função Instant Checkout, que permite comprar produtos de Etsy e Shopify sem sair da conversa com o chatbot. Por enquanto, restrita aos EUA, mas com expansão prevista para novos mercados.

Além disso, a empresa atualizou o app com controles parentais: pais e filhos podem vincular contas, acompanhar estatísticas de uso e estabelecer limites — recurso que por ora está disponível apenas na versão web.

O que está em jogo

A nova rede social da OpenAI pode redefinir a forma como consumimos e criamos mídia. Se o TikTok transformou qualquer pessoa em criador, a aposta de Altman é transformar qualquer ideia em vídeo.
A grande questão é se o público aceitará uma experiência em que nada é “real” — e se os criadores tradicionais aceitarão que seu trabalho vire combustível para esse novo ecossistema de entretenimento artificial.

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