OMS chama a atenção para a crescente resistência de microrganismos a medicamentos

há 4 dias 9
ANUNCIE AQUI

A capacidade dos microrganismos patogênicos de resistir a medicamentos é um problema tão grave que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem em seu calendário oficial a Semana da Conscientização Mundial Sobre Resistência Antimicrobiana, que acontece entre os dias 18 e 24 de novembro.

Neste período, a instituição busca chamar a atenção da sociedade através de dados sobre a resistência antimicrobiana, problema que tem até sigla própria – RAM. Através do Sistema Global de Vigilância da Resistência e Uso de Antimicrobianos (GLASS, na sigla em inglês), a OMS reúne dados de mais de cem países.

Lançado em outubro, o relatório mais recente do GLASS diz que, de 2018 a 2023, a resistência a antibióticos aumentou em mais de 40% entre os medicamentos monitorados. O crescimento médio anual foi de 5% e 15%.

De acordo com outro levantamento do GLASS, a RAM foi diretamente responsável por 1,27 milhão de mortes globais em 2019 e contribuiu para 4,95 milhões de mortes no mesmo período. A OMS diz que o uso inadequado e excessivo de substâncias antimicrobianas em humanos, animais e plantas é a principal causa do desenvolvimento de patógenos resistentes a medicamentos.

A instituição também se debruça sobre os impactos econômicos do problema. “O Banco Mundial estima que a RAM pode resultar em 1 trilhão de dólares em custos adicionais de saúde até 2050, e perdas no produto interno bruto (PIB) de 1 trilhão a 3,4 trilhões de dólares por ano até 2030”, aponta o levantamento da OMS.

“A resistência aos antimicrobianos avança mais rapidamente do que os progressos da medicina moderna, representando uma ameaça à saúde das famílias em todo o mundo”, diz Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, conforme comunicado da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). “À medida que os países fortalecem seus sistemas de vigilância da RAM, devemos usar os antibióticos de forma responsável e assegurar que todas as pessoas tenham acesso a medicamentos, diagnósticos e vacinas de qualidade garantida. Nosso futuro também depende do fortalecimento dos sistemas para prevenir, diagnosticar e tratar infecções, bem como da inovação em antibióticos de nova geração e testes moleculares rápidos nos locais de atendimento”, complementa.

Ler artigo completo