Três medalhas de bronze foram descobertas em Roma, na Itália, durante as obras de construção do metrô. A análise do material revelou que elas pertenciam ao Papa Paulo II, que foi pontífice de 1464 a 1471. As medalhas foram encontradas dentro de um vaso terracota, localizado sob o Palazzetto Venezia, durante as escavações para a Linha C do sistema de metrô da capital italiana.
O achado foi confirmado pela Superintendência Especial de Roma durante trabalhos liderados pela empresa Metro C, sob a Webuild e Vianini Lavori em nome da Roma Capitale.
Nos últimos anos, a construção da Linha C do metrô romano trouxe equipes de operários para escavar os túneis no centro da cidade. Com o avanço do projeto, mais de dois mil anos da história de Roma foram revelados, incluindo as medalhas papais.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_fde5cd494fb04473a83fa5fd57ad4542/internal_photos/bs/2025/o/Q/1aVlE3S0uBwmVmhWB1sQ/piazza-venezia.jpg)
Para os arqueólogos, a descoberta oferece novas interpretações para o estudo das tradições renascentistas, sobretudo àquelas relacionadas com a construção de edifícios.
Medalhas, rituais e boa sorte
Diferentes camadas do passado da cidade italiana foram revelados pelo achado das medalhas. De acordo com Daniela Porro, da Superintendência Especial de Roma, as medalhas podem refletir uma tradição comum no final do século 15: o soterramento de objetos – como o vaso com as três medalhas – em um terreno em construção, para que o novo edifício – normalmente palácios e igrejas – tenha sucesso, seja próspero, traga dinheiro e boa sorte.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_fde5cd494fb04473a83fa5fd57ad4542/internal_photos/bs/2025/Q/o/WQ7HkUQCqvCF3xEHQS7w/vaso.jpg)
Enterrar ou esconder objetos nas fundações era um costume clássico dos renascentistas. Das maiores às pequenas construções, esta ação foi aplicada por diferentes pessoas, em diferentes locais.
Após obras de conservação, as medalhas serão exibidas na estação Piazza Venezia. Para Luigi La Rocca, diretor do Ministério da Cultura, o projeto demonstra como o desenvolvimento moderno e a preservação do patrimônio podem coexistir, permitindo que diferentes gerações possam apreciar os achados.