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Empreendedores que começam com contatos privilegiados estão praticamente destinados a conseguir as oportunidades certas para alcançar o sucesso. Eles podem ter se formado em universidades de elite ou residir em centros de startup como Vale do Silício, Nova York ou Austin (Texas), EUA.
Eles estão conectados a redes que detêm influência e podem acelerar o avanço nos negócios e na carreira. Pesquisas mostram que essas conexões oferecem uma vantagem competitiva pronta – acesso a capital de risco, líderes de negócios, professores e ex-alunos de destaque, conhecimento interno e recursos inestimáveis.
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Mas o que dizer dos empreendedores fora deste círculo privilegiado – aqueles de origens sub-representadas, comunidades minoritárias ou regiões distantes desses centros de poder tradicionais? Sem a proximidade dessas redes prestigiadas, eles ficam a competir em clara desvantagem.
Como podemos reduzir a lacuna
A questão aqui é um conceito chamado centralidade da rede. Quanto mais centralmente localizado um empreendedor estiver numa teia de contatos influentes, maior será o acesso ao capital social e a outros recursos valiosos. E, claro, o inverso também é verdadeiro, reforçando a disparidade para aqueles em localizações periféricas.
Nosso estudo com aspirantes a empreendedores lança luz sobre a centralidade da rede – por que é importante, como funciona e o que pode ser feito para superá-la. Conduzido pelo Lehigh@NasdaqCenter, em parceria com o Reedley College, na Califórnia, o objetivo principal do estudo foi determinar como aspirantes a empreendedores, independentemente da formação universitária, renda familiar e origem étnica, podem ter oportunidades iguais para lançar empresas – em suma, para equilibrar o jogo.
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Pesquisamos 250 estudantes de community college (faculdade comunitária) e 250 estudantes de faculdades privadas, todos os quais manifestaram a ambição de seguir o empreendedorismo.
Nosso estudo, baseado em pesquisas anteriores, comparou as diferenças no comportamento das duas populações no que diz respeito ao networking, sendo que os estudantes de faculdades privadas representavam alta centralidade e os estudantes de community college baixa centralidade.
Nossa principal conclusão: as lacunas existentes podem ser preenchidas.
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3 dicas para melhorar o networking
Aqui estão, então, com base em nossos achados, as três principais lições aprendidas:
1. Aumente a sua autoeficácia em networking
A autoeficácia em networking é definida como a crença na sua capacidade de alcançar os resultados desejados por meio do networking. Descobrimos que os estudantes de faculdades públicas (community college) nos EUA são mais de quatro vezes mais propensos (39% contra 8%) do que os de faculdades privadas a exibir baixa autoeficácia em networking.
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Estes estudantes percebem que as oportunidades de networking estão menos disponíveis para eles, resultando em menor confiança. Mas aumentar os esforços pode levar a um aumento de 25% no capital social, indicam nossos estudos anteriores.
Uma alta autoeficácia em networking pode ser desenvolvida. Para começar, pense pequeno. Faça networking entre seus amigos, colegas e outras pessoas que você já conhece. Aproveitar relacionamentos e ambientes familiares de baixa pressão construirá suas habilidades de networking, alcançará pequenos sucessos e reforçará sua confiança.
2. Escolha a paixão certa
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Descobrimos que aspirantes a empreendedores de faculdades públicas exibem níveis quase quatro vezes mais elevados de “paixão obsessiva” – uma compulsão para fazer networking frequentemente, enfatizando a quantidade de contatos em detrimento da qualidade, o que pode resultar em relacionamentos superficiais e de curta duração – do que seus homólogos em faculdades privadas (26% contra 7%).
Nosso estudo mostra que a paixão obsessiva reduz em 17% as chances de formar relacionamentos sustentáveis através do networking.
É melhor você mudar para a paixão “harmoniosa”, caracterizada pela compreensão de como o trabalho se encaixa na sua vida em geral. Ela valoriza a qualidade dos contatos em detrimento da quantidade no networking.
Como aproveitar a paixão harmoniosa? Pergunte a si mesmo o que o motiva a fazer networking em primeiro lugar. Agende atividades de networking que equilibrem suas atividades pessoais e profissionais. Avalie se as novas conexões demonstram consistência, confiabilidade e comprometimento. Faça networking para oportunidades que representem a promessa de longevidade e ROI (Retorno Sobre o Investimento).
3. Mantenha os olhos no futuro
Aspirantes a empreendedores em community college são mais de três vezes mais propensos do que seus colegas de faculdades privadas (17% contra 5%) a se concentrar no presente, descobriu nossa pesquisa. Mas uma orientação para o futuro pode aumentar seus resultados de networking em 12%.
Olhar para o futuro – como visualizar sua presença em próximos eventos de negócios – pode expô-lo a oportunidades que ampliam sua perspectiva. Para praticar o networking com “foco temporal futuro”, crie um cronograma e faça a si mesmo perguntas-chave.
Quais ações você deve tomar para expandir sua rede? A quais organizações profissionais você deve se juntar, a quais eventos da indústria você deve comparecer e com quais indivíduos do seu campo você deve se conectar?
Portanto, se, como sugere a nossa pesquisa, você acredita nas suas habilidades de networking, adota a paixão harmoniosa e se concentra no futuro, você está praticamente garantido a fazer networking como um campeão.
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