Neta de John F. Kennedy revela câncer terminal em carta aberta emocionante: “Não me sentia doente” Neta de John F. Kennedy revela câncer terminal em carta aberta emocionante: “Não me sentia doente”

há 3 dias 7
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Tatiana Schlossberg, neta de John F. Kennedy e filha de Caroline Kennedy, revelou que está com câncer terminal. A jornalista de 35 anos compartilhou o diagnóstico de leucemia mieloide aguda em carta aberta emocionante, neste sábado (22), publicada pela revista The New Yorker.

Em seu texto, a integrante da família Kennedy contou que foi diagnosticada após o nascimento de sua segunda filha, em maio do ano passado. “Meu marido, George, e eu a seguramos, ficamos olhando para ela e admirando a sua chegada. Algumas horas depois, meu médico percebeu que meu hemograma estava estranho. Uma contagem normal de glóbulos brancos é de cerca de quatro a onze mil células por microlitro. A minha estava em cento e trinta e uma mil células por microlitro“, declarou.

Ela disse que naquele momento a equipe médica já considerava a doença. “Poderia ser algo relacionado à gravidez e ao parto, disse o médico, ou poderia ser leucemia. Eu disse a George: ‘Não é leucemia’“, observou. Tatiana relatou que foi transferida para outro andar do hospital assim que os pais, Caroline e Edwin Schlossberg, e o filho mais velho, de dois anos, chegaram ao local.

“Me despedi deles e fui levada embora. O diagnóstico foi leucemia mieloide aguda, com uma mutação rara chamada de inversão do cromossomo 3 (inv(3)). Era mais comum em pacientes idosos. Todos os médicos que consultei me perguntaram se eu havia passado muito tempo no Marco Zero, considerando a frequência de cânceres no sangue entre os socorristas. Eu estava em Nova York no dia 11 de setembro, na sexta série, mas só visitei o local anos depois. E também não sou idosa“, refletiu.

Neta de JFK revelou o diagnóstico neste sábado (22). (Foto: Site oficial de Tatiana Schlossberg)

A jornalista contou que foi informada sobre um transplante de medula. “Eu não poderia ser curada com um tratamento padrão. Precisaria de alguns meses, no mínimo, de quimioterapia para reduzir o número de blastos – células sanguíneas imaturas – na minha medula óssea. Depois, precisaria de um transplante de medula óssea, que poderia me curar. Após esse transplante, eu precisaria de mais quimioterapia, regularmente, para tentar evitar que o câncer retornasse“, detalhou.

Eu não conseguia acreditar que estavam falando de mim. Eu havia nadado na piscina no dia anterior, grávida de nove meses. Eu não estava doente. Não me sentia doente. Na verdade, eu era uma das pessoas mais saudáveis que conhecia“, lamentou ela, ao descrever todas as atividades que fazia até receber o diagnóstico. “Eu também tinha um filho que amava mais do que tudo, e uma recém-nascida que eu precisava cuidar. Essa não podia ser a minha vida“, desabafou.

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Casada desde 2017 com George Moran, Tatiana salientou como o companheiro tem sido essencial neste período, assim como sua irmã, Rose, que era compatível e chegou a doar células-tronco. “George fez tudo o que podia por mim. Ele conversou com os médicos e pessoas do seguro com quem eu não queria falar; dormiu no chão do hospital; não se irritou quando eu estava em crise por causa do medicamento. Ele ia para casa colocar os nossos filhos para dormir e voltava para trazer o jantar. Ele é perfeito, e me sinto muito triste por não poder continuar vivendo a vida maravilhosa que eu tinha com esse gênio“, disse.

A jornalista revelou que o transplante a colocou em remissão, mas teve que tomar todas as vacinas de infância novamente após seu sistema imunológico ser prejudicado. Mesmo diante dos tratamentos, ela contou que foi acometida por uma forma do vírus Epstein-Barr, que atacou seus rins, e precisou de outro doador. “Quando voltei para casa algumas semanas depois, tive que reaprender a andar e não conseguir pegar meus filhos no colo“, lamentou.

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Por fim, Tatiana refletiu sobre nunca ter conseguido cuidar da filha, e que um novo momento triste se abata sobre a vida de sua mãe, que viu o pai, então presidente dos Estados Unidos, ser assassinado em 1963. “Durante toda a minha vida, tentei ser boa aluna, boa irmã e boa filha, e proteger minha mãe, nunca a deixando chateada ou irritada. Agora, eu acrescentei uma nova tragédia à vida dela, à vida da nossa família, e não há nada que eu possa fazer para impedir“, escreveu.

Na maior parte do tempo, tento viver e estar com eles agora. Mas estar no presente é mais difícil do que parece, então deixo as lembranças virem e irem. Muitas delas são da minha infância, e sinto como se estivesse vendo a mim mesma e aos meus filhos crescerem. Às vezes, me iludo pensando que vou me lembrar disso para sempre, quando eu morrer. Obviamente, não vou. Mas como não sei como é a morte e não há ninguém para me dizer o que vem depois dela, vou continuar fingindo. Eu vou continuar tentando me lembrar“, completou. A revista também publicou uma foto atual de Tatiana nas redes sociais.

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