Jogadora de vôlei Júlia Azevedo, baleada durante tentativa de assalto no RJ, revela como descobriu que foi atingida: “A ficha caiu” Foto: Reprodução/ge

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Júlia Azevedo, jogadora de vôlei do Tijuca Tênis Clube, foi baleada nas costas durante uma tentativa de assalto no Rio de Janeiro, na noite de domingo (23). Ela estava acompanhada do pai, foi levada ao hospital e está fora de risco, iniciando recuperação em casa.

Júlia Azevedo, jogadora de vôlei do Tijuca Tênis Clube, foi baleada nas costas durante uma tentativa de assalto na noite de domingo (23), no Rio de Janeiro. A atleta voltava para casa acompanhada do pai, que dirigia o carro alvejado pelos criminosos, e só percebeu o ferimento ao chegar em casa. Ela foi levada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, onde recebeu atendimento e está fora de risco.

Em entrevista ao ge, Júlia contou que não percebeu que havia sido atingida no momento do assalto. A bala entrou pelas costas e saiu próxima ao quadril. “Passei a mão nas costas e não tinha sangue. Botei a mão no lugar que estava doendo mais e não tinha buraco. Quando cheguei em casa, senti uma dor muito forte na coluna, mas não onde a bala entrou, e sim por onde a bala saiu. Passei as mãos em cima e senti um meladinho: ‘Putz, levei um tiro’. Mostrei as costas para o meu pai, que falou: ‘Você levou um tiro’. A ficha caiu”, lamentou a jovem.

A atleta estava na casa da avó em uma confraternização de família, e o pai decidiu levá-la para que não retornasse sozinha. Segundo Júlia, os criminosos atiraram sem anunciar assalto: “Meu pai falou: ‘Não vou te deixar andando sozinha, é perigoso, vou te levar’. Quando chegamos perto da minha rua, um carro parou próximo da gente, meu pai virou normalmente para entrar na rua. Os bandidos saíram do carro, mas não abordaram, não anunciaram assalto, nem falaram para descer do carro”. 

Azevedo é jogadora de vôlei do Tijuca Tênis Clube. (Foto: Reprodução/Instagram)

A jogadora disse que os criminosos atiraram contra ela e seu pai “sem motivo”. “O carona saiu e disparou a arma na nossa cara, sem motivo, sem render. Eu falei para o meu pai: ‘É um assalto’. O primeiro tiro pegou entre o vidro da frente e o lateral, traçando a coluna do carro, mas não pegou o meu pai, graças a Deus. Meu pai se jogou para se proteger e pisou no acelerador. Eu me joguei para dentro para me proteger”, relembrou ela.

No hospital, os médicos alertaram que Júlia escapou por pouco de sequelas graves: “No Souza Aguiar, a equipe médica procurou o buraco de saída da bala, que é na lateral do quadril. A bala não estava alojada. Eles falaram: ‘Agradece, porque sua filha nasceu de novo. Por um milímetro não pegou a medula dela. Ela ficaria paraplégica. Por menos de um centímetro não pegou a bexiga, o que causaria uma hemorragia interna'”. 

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A jovem desabafou: “Eu não estaria mais aqui para contar a história. A bala pegou exatamente onde podia sair. Quando me joguei, desviei a bala no meu corpo. Quando começaram a chegar as mensagens de carinho, vi que nasci de novo. Por pouco não fiquei paraplégica, por pouco não perdi minha vida”. 

Região do corpo em que a jogadora foi atingida pelo tiro. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Apesar do susto, Júlia se recupera em casa, evitando movimentos bruscos e com dores na região do quadril. A previsão é que retorne aos treinos em cerca de um mês, com a esperança de jogar no último duelo do Tijuca na Superliga deste ano, contra o Praia Clube, no dia 22 de dezembro.

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“Na minha vida profissional, é tentar voltar mais forte, mesmo que não tenha sido uma lesão causada pelo esporte, impactou, porque vou ficar fora de jogos importantes do clube. É um momento chato, difícil. Não vou conseguir ir nos treinos iniciais, mas vou tentar dar forças para as meninas para ajudar. E na vida pessoal me tornar cada vez mais grata, porque um dia nossa vida está aqui, no dia seguinte pode não estar mais”, concluiu.

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