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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é percebido pela população como o principal representante da direita brasileira, aponta pesquisa Pulso Brasil, do Ipespe. O levantamento foi realizado duas semanas depois da condenação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro é apontado por 45% dos brasileiros como o principal representante da direita. Esse é um patamar muito superior ao segundo mais citado, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), mencionado por 13% dos entrevistados.
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- Jair Bolsonaro – 45%
- Tarcísio de Freitas – 13%
- Ratinho Júnior – 5%
- Ronaldo Caiado – 5%
- Romeu Zema – 4%
- Nenhum desses/Outros – 16%
- Não sabem – 13%
Essa mesma pesquisa já havia sido realizada em julho desse ano com resultados muito parecidos. Na ocasião, Bolsonaro apareceu com 45% e Tarcísio com 13%.
Entre os eleitores que se definem como apoiadores da direita, a proporão dos que enxergam o ex-presidente como o principal representante desse campo político sobe para 63%. E Tarcísio cai para apenas 14%.
O levantamento foi realizado entre os dias 19 e 22 de setembro desse ano. Foram entrevistados 2,5 mil pessoas a partir de 16 anos. O grupo foi representativo da população brasileira, considerando a proporção de sexo, idade, localidade, instrução e renda. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95,45%.
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Condenação
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em setembro condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a uma pena de 27 anos e 3 meses pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Os votos pela condenação foram dados pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Alexandre de Moraes, relator do caso, enquanto Luiz Fux defendeu a absolvição. É a primeira vez que um ex-presidente é condenado por tentativa de golpe de Estado na História do país.
A pena foi dividida em 24 anos e 9 meses de reclusão, e 2 anos e 6 meses de detenção, além de multa de 24 dias-multa a 2 salários mínimos cada (R$ 370 mil corrigidos pelo IPCA).
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Ao fixar a pena, o relator, Alexandre de Moraes, considerou o papel de liderança que Bolsonaro exerceu na organização criminosa que tentou dar um golpe no país. Ele, contudo, considerou o fato de o ex-presidente ter mais de 70 anos como atenuante.
A defesa de Bolsonaro afirmou no julgamento que não há “uma única prova” da participação dele na trama golpista e negou vinculação com o plano que previa o assassinato de autoridades e os atos de 8 de janeiro. O advogado Celso Vilardi também criticou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e questionou a existência da minuta golpista apontada pela investigação.
— Não há uma única prova que atrele o presidente a Punhal Verde e Amarelo, a Operação Luneta e a 8 de janeiro. O presidente (Bolsonaro) não atentou contra o Estado democrático de Direito. Não tem absolutamente nada a ver com o 8 de janeiro.