iFood e Prosus lançam modelo proprietário de IA Generativa para transformar o e-commerce no Brasil

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iFood e Prosus anunciam um avanço inédito para o comércio digital brasileiro, com potencial de mudar o entendimento do que é conveniência em toda a América Latina: o Large Commerce Model (LCM). O modelo de inteligência artificial generativa de grande escala foi desenvolvido e otimizado para transformar desde a busca e recomendação de produtos até a criação de jornadas personalizadas de consumo.

Baseado nos LLMs (Large Language Models), o LCM aprende a partir de bilhões de interações reais — cliques, buscas, compras, cancelamentos, avaliações — que permitem identificar padrões de comportamento e interpretar intenções de compra, por meio de dados anonimizados. A tecnologia também evolui a cada uso: registra as ações, raciocina sobre elas e melhora a cada interação. É uma transformação profunda em relação a como era o e-commerce que, por quase três décadas, se apoiou em buscas por palavras-chave e recomendações genéricas.

Com o LCM, é como se o consumidor deixasse de andar por corredores de supermercado tentando encontrar o produto certo e passasse a ter um personal shopper, que o conecta ao que realmente deseja. É uma espécie de 'cérebro digital' capaz de avançar além da simples recomendação de produtos, revelando o "porquê" e o "como" de cada pedido. O resultado é uma experiência de compra que parece intuitiva, como se a plataforma soubesse o que você quer escolher antes mesmo de você buscar – seja em uma manhã corrida de segunda-feira ou em um lanche de domingo com a família. Isso é possível porque o modelo tem memória de longo prazo e é treinado com dados que refletem a realidade e a cultura brasileiras.

"O LCM foi treinado no banco de dados global exclusivo de transações comerciais da Prosus, aprendendo continuamente com mais de 500 milhões de usuários e mais de 10 trilhões de tokens de dados. O LCM está integrado ao modelo open source QwQ3 com 32 bilhões de parâmetros, incorporando etapas de Reinforcement Learning com feedback estruturado, verificadores automáticos e ajustes finos", diz Diego Barreto, CEO do iFood.

Primeiros resultados

Para o iFood, o LCM possibilita obter insights detalhados sobre as preferências de seus 60 milhões de usuários. Isso se traduz, para o cliente, em tempo economizado, já que a IA sugere alternativas que se alinham aos seus gostos e costumes. Depois de mais de um ano de treinamento, os resultados iniciais demonstram efeito positivo: a taxa de conversão das sugestões "você também pode gostar disso" cresceu 66%. Notificações personalizadas, impulsionadas pelo LCM, resultaram em aumento de cliques que representaram quatro vezes mais pedidos, superando recordes anteriores da empresa.

Essa nova tecnologia também já apresenta resultados competitivos em relação às maiores referências do mercado. Ela é 60 vezes mais barata de operar do que outros modelos de IA generativos. Além disso, o LCM foi desenvolvido para ser agnóstico e escalável, com potencial de impactar todo o ecossistema do iFood. Isso significa que cada progresso pode ser aplicado em outros negócios do grupo Prosus, como a Decolar, Sympla e a OLX.

O que está por vir

Outra novidade é que o modelo já nasce preparado para o futuro, pronto para interfaces como comando de voz, chat, realidade aumentada e até novas formas de consumo dentro dos carros conectados, por exemplo. O LCM consolida o iFood como referência em inteligência artificial aplicada ao dia a dia dos brasileiros, ao mesmo tempo em que reflete o compromisso da empresa em inovar de forma responsável e garantir a privacidade dos usuários.

"São 14 anos de dados que refletem hábitos, preferências e a cultura do país, transformados em tecnologia capaz de simplificar escolhas, gerar eficiência e devolver tempo às pessoas. Com o LCM, reafirmamos nosso papel de protagonistas em inovação e mostramos como a inteligência artificial pode criar valor para consumidores, restaurantes, entregadores e para todo o ecossistema em que atuamos", completa Diego Barreto. "Esse passo é fundamental para colocar o Brasil no centro das discussões globais sobre inteligência artificial."

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