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Globo troca de afiliada em Alagoas e confirma a entrada da TV Asa Branca no lugar da TV Gazeta de Alagoas, encerrando uma parceria de quase cinco décadas. A mudança, válida a partir desta sexta-feira (27/9), garante a continuidade do sinal da emissora carioca em todo o estado.
A substituição acontece depois que o Supremo Tribunal Federal derrubou liminar que obrigava a continuidade do contrato com a TV Gazeta, pertencente à Organização Arnon de Mello. A Globo alegou insegurança jurídica para justificar a não renovação, principalmente após a condenação do ex-senador Fernando Collor, controlador da OAM.
Com a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, a Corte Suprema liberou a emissora a buscar novo parceiro. O Grupo Asa Branca, que já opera em Caruaru (PE) desde 1991, vinha se preparando desde 2023 para expandir sua rede e agora se torna a nova representante da Globo em solo alagoano.
No primeiro momento, o canal transmite a programação da Globo Nordeste enquanto estrutura equipe e estúdios locais. Os alagoanos já podem sintonizar a nova afiliada nos seguintes canais digitais: 28.1 em Maceió, 15.1 em Arapiraca e 14.1 em Delmiro Gouveia. Segundo o grupo, boletins jornalísticos regionais entrarão no ar até o fim do ano.
A antiga parceira, TV Gazeta de Alagoas, seguirá no ar com grade própria e negocia acordo com outra rede nacional. Internamente, a emissora estuda reformatar seus telejornais e reforçar conteúdo esportivo para preservar audiência.
Para a Globo, a troca reforça a estratégia de manter afiliadas alinhadas às diretrizes editoriais e de compliance. “Precisamos de parceiros que compartilhem nossos valores e assegurem estabilidade jurídica”, declarou a empresa em nota.
O Grupo Asa Branca diz atuar para repetir, em Alagoas, o desempenho alcançado em Pernambuco, onde lidera a audiência em faixas como o horário do almoço. Investimentos em infraestrutura HD e contratação de talentos locais estão no planejamento.
Com a movimentação, o mapa de afiliadas da Globo no Nordeste permanece completo, agora sem vínculos com empresas ligadas a políticos condenados. O mercado publicitário acompanha os próximos passos para avaliar impacto em verbas regionais.
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Crédito da imagem: Reprodução