Freio no rali? XP alerta para possível correção na Bolsa e recomenda cautela

há 23 horas 2
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Depois de meses de altas na bolsa brasileira, puxadas pelo rali global em mercados emergentes, a XP Investimentos alerta para a possibilidade de correção nos próximos meses. Em 23 de setembro, o Ibovespa chegou a bater o recorde de 147 mil pontos, subindo a máxima intradiária de 147.178 pontos. Por volta das 14h desta quinta, porém, o Ibov se equilibrava para manter os 142 mil pontos.

Em relatório, a corretora aponta que ajustes podem ocorrer por movimentos inesperados na política fiscal do Brasil, tensões diplomáticas com os Estados Unidos que afetem o real e o fluxo de investidores estrangeiros, ou por alterações técnicas do mercado. Por isso, a aposta sugerida pelos analistas é por um portfólio equilibrado, sem riscos exagerados, focado em empresas de qualidade.

Os estrategistas lembram que setembro foi um mês de boas notícias para quem acompanha o mercado global. O índice ACWI, que reúne bolsas do mundo todo, subiu 3,7%, com os emergentes se destacando. Na renda fixa, os juros de longo prazo caíram, trazendo alívio para os investidores.

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Nos Estados Unidos, a queda de juros combinada com novidades em inteligência artificial ajudou a manter o bom humor do mercado. Lembra, ainda, que o dólar mais fraco colaborou para a rotação de investimentos, beneficiando também a bolsa brasileira.

Por aqui, o Banco Central manteve a Selic, taxa básica de juros, em 15% e não sinalizou cortes futuros. Segundo a XP, a redução deve acontecer apenas no primeiro trimestre de 2026, diante de um mercado de trabalho aquecido, inflação acima da meta e riscos fiscais crescendo com a aproximação do ciclo eleitoral.

O resultado disso, analisa a corretora, é que o Ibovespa renovou máximas históricas e o dólar fechou setembro em R$ 5,32, influenciado pelo diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos. A XP projeta que o índice pode chegar a 170 mil pontos até o final de 2026, o que representa cerca de 15% de valorização em relação aos níveis atuais.

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Mas o que o investidor deve fazer agora? Olhando para a carteira de forma geral, a corretora recomenda manter exposição cautelosa em setores e regiões que podem se beneficiar da rotação global de ativos e, na renda fixa, diversificar além do CDI. Apesar do otimismo, os analistas pedem atenção: tanto os sinais externos, como o shutdown nos Estados Unidos, quanto os fatores internos, ligados à política fiscal e diplomacia, podem mudar o rumo do mercado.

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