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O revés sofrido pelo governo do presidente Lula com a derrubada da Medida Provisória (MP) nº 1.303, que promovia mudanças na taxação de investimentos, aumentou a preocupação do mercado sobre o rumo das contas públicas.
No Giro do Mercado desta sexta-feira (10), a jornalista Paula Comassetto recebeu Matheus Spiess, estrategista da Empiricus Research, para comentar sobre o cenário político e econômico do Brasil.
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De acordo com Spiess, a proposta rejeitada no Congresso era “um plano B, ou até um plano C” do governo para elevar a arrecadação após o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
“O IOF foi ampliado lá atrás justamente para tentar fechar a conta, sabendo que a receita projetada era superestimada. Essa crise do IOF é um sintoma de um problema muito mais grave, que é o engessamento orçamentário brasileiro”, afirmou.
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Spiess afirmou que o governo tem adotado soluções improvisadas e evitado enfrentar o debate central sobre o crescimento dos gastos obrigatórios, fazendo o que ele chamou de “puxadinho” e “gambiarra arrecadatória.”
Para o estrategista, o momento político também influencia as decisões econômicas, já que a aproximação do período eleitoral pesa para que o governo busque maior popularidade por meio de medidas que exigem mais gastos públicos.
“O governo ganhou popularidade, mas não reduziu a rejeição. E se insistir em medidas populistas, pode perder a confiança do mercado. Se continuar nessa direção, mostra que não tem compromisso fiscal”, disse.
Olhando para o investidor, Spiess defendeu o ouro como ativo essencial de proteção, em meio às incertezas geopolíticas e fiscais em diversos países.
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“Os bancos centrais ao redor do mundo continuam comprando ouro desde 2022. Isso mostra que há uma desconfiança crescente sobre a credibilidade fiscal das grandes economias”, afirmou.
O programa ainda abordou o cenário internacional, o desempenho dos mercados globais e outros destaques corporativos. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.
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