Finanças é maior alvo de cibercriminosos em 2025, diz relatório

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O número total de ataques de phishing no Brasil manteve-se no mesmo patamar de 2024, informa o relatório Threat Landscape publicado ontem pela Axur. Porém, os dados mostram uma tendência dos cibercriminosos focarem seus esforços no setor financeiro, que sofreu um aumento de 65% de páginas de phishing em relação ao ano anterior. Essa marca histórica colocou o setor como o mais visado por cibercriminosos nesse tipo de fraude, superando o Varejo e o E-commerce. “Essa movimentação sugere que os agentes de ameaça estão redirecionando esforços para instituições financeiras, atraídos pelo potencial de ganho direto”, diz Laís Clesar, Gerente de Pesquisa na Axur.

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Os criminosos digitais têm incorporado ferramentas de IA, como o Lovable, para ganhar agilidade e automatizar a criação de páginas de phishing com alta fidelidade visual. “Esses construtores permitem replicar interfaces legítimas em questão de minutos, sem exigir conhecimento técnico avançado”, comenta a especialista.

Quadrilhas especializadas também arquitetam ataques direcionados a funcionários das instituições financeiras, principalmente das áreas de Tecnologia da Informação, para conseguir acessos privilegiados. Um caso que esteve em evidência esse ano foi o da C&M Software, que resultou no roubo de mais de R$ 500 milhões via PIX em apenas 3 horas, em que um grupo cibercriminoso explorou vulnerabilidades no sistema de liquidação em tempo real, afetando 23 instituições financeiras.

A Axur também notou um aumento no número de incidentes registrados em empresas do setor financeiro, que somam +637 mil durante o ano. Esse número mostra que o mercado financeiro é alvo dos criminosos não somente para fraudes como páginas de phishing, mas também smishing (phishing por SMS), ataques de ransomware e ataques direcionados. O setor também foi o mais mencionado em discussões e fóruns na deep & dark web, onde criminosos arquitetam ataques às instituições.

Apesar dos esforços dos criminosos, Laís comenta sobre a robustez das ferramentas de cibersegurança atuais, principalmente com os avanços na detecção e remoção dessas ameaças. “A IA trouxe avanços e escala para as ameaças digitais, mas as empresas também utilizam essas mesmas ferramentas para dar mais corpo às estruturas de proteção. Hoje, a remoção de páginas de phishing pode ser feita sem toque humano, com muita assertividade e em algumas horas”, conclui Laís.

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