Fibra óptica segue como motor do mercado e Brasil se consolida entre líderes globais, revela estudo Omdia/Futurecom

há 1 semana 2
ANUNCIE AQUI

Levantamento The State of Business in Latin America, elaborado pela parceira Omdia/Futurecom, aponta que o Brasil se consolidou entre os principais países do mundo na expansão de demanda por redes FTTH, a fibra óptica.

Segundo aponta o estudo, no segundo trimestre de 2025, o país adicionou 3,5 milhões de novas conexões de fibra óptica, alcançando 49,3% dos domicílios brasileiros conectados. O avanço só foi superado por China, Índia e Estados Unidos, colocando o Brasil à frente do México, que registrou 2,6 milhões de novas conexões no mesmo período. Com esse desempenho, Brasil, México e Argentina figuram como os únicos países latino-americanos no ranking dos 15 maiores investidores em FTTH.

Segundo Ari Lopes, gerente sênior de Service Providers Americas da Omdia, a fibra segue como o principal motor de crescimento das operadoras na região. O estudo destaca que, globalmente, a necessidade de maior velocidade e estabilidade para suportar serviços digitais e IoT tem acelerado a adoção da tecnologia.

Em termos de receitas, o setor de telecomunicações global movimentou US$ 1,6 trilhão em 2024, com crescimento de 1,9% no ano. A América Latina contribuiu com US$ 113 bilhões, alta de 1,8%. O Brasil representa US$ 27 bilhões desse total e se destaca como exceção regional pelo crescimento do ARPU (Receita Média por Usuário), especialmente na telefonia móvel, que vem superando a inflação.

A Omdia aponta que a sustentabilidade do setor na América Latina está em risco em alguns países, onde a competição predatória pressiona margens e inviabiliza investimentos. México, Chile e Peru apresentam operadoras com margens de EBITDA inferiores a 30%, algumas chegando a apenas 9%. Já no Brasil, as três principais operadoras — Telefônica Vivo, Claro e TIM — registram margens acima de 40%, cenário que reforça a resiliência do mercado.

Apesar da expansão robusta da fibra, o estudo alerta que o ritmo deve se moderar nos próximos anos, à medida que o mercado atinge maior maturidade. A expectativa é que as operadoras precisem diversificar suas fontes de receita, investindo em serviços digitais, nuvem e inteligência artificial para manter o crescimento.

Ler artigo completo