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Pesquisadores descobriram que tartarugas-cabeçudas (Caretta caretta) recém-nascidas sentem o mapa magnético da Terra para se localizarem em suas rotas migratórias. É como se elas nascessem com uma "bússola", que indica a direção em que estão viajando, e um mapa do campo magnético do planeta que revela sua localização.
O achado foi registrado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, nos Estados Unidos, em uma pesquisa publicada na última quinta-feira (20) no periódico científico Journal of Experimental Biology.
Existem duas maneiras possíveis para os animais perceberem o campo magnético da Terra: uma em que moléculas fotossensíveis são afetadas pelo campo magnético, o que permitiria aos animais enxergar o campo, e uma segunda em que minúsculos cristais de magnetita, incrustados no corpo do animal, se movem no campo, permitindo que eles sintam o magnetismo. Mas não estava claro qual desses dois mecanismos poderia indicar às tartarugas sua localização durante sua extraordinária jornada.
Porém, agora os cientistas descobriram que as tartarugas recém-nascidas podem aprender a associar o campo magnético de um local à chegada de alimento. Elas "dançam" para demonstrar seu reconhecimento, inclinando o corpo para fora da água, abrindo a boca e agitando as nadadeiras dianteiras. Veja no vídeo a seguir:
"Elas são muito motivadas pela comida e adoram dançar quando acham que existe a possibilidade de serem alimentadas", diz Alayna Mackiewicz, da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, em comunicado.
Para verificarem se as tartarugas estavam potencialmente vendo ou sentindo o campo magnético da Terra, os pesquisadores aplicaram um forte pulso magnético nos filhotes que desativava temporariamente sua capacidade de sentir o campo. Se os filhotes parassem de dançar, significava que estavam sentindo o campo magnético; se continuassem a dançar, estavam usando algum outro sentido para detectar o mapa magnético.
Para que o experimento fosse possível, Mackiewicz se uniu a pesquisadora Dana Lim durante dois meses alimentando oito filhotes de tartaruga-cabeçuda recém-nascidos no campo magnético ao redor das Ilhas Turcas e Caicos. Além disso, a dupla treinou outros filhotes perto do Haiti.
Em seguida, Mackiewicz e Lim colocaram cada filhote em uma grande bobina de metal capaz de gerar um forte pulso magnético — suficiente para desativar temporariamente sua capacidade de sentir campos magnéticos.
Depois do pulso, os pesquisadores expuseram novamente as tartarugas ao mesmo campo artificial para o qual haviam sido treinadas a “dançar”, verificando se o comportamento persistia.
O resultado foi evidente: após o choque magnético, os filhotes dançaram muito menos. Isso sugere que eles realmente estavam sentindo o campo magnético — usando-o como forma de localização no mapa — e não simplesmente o vendo.
Os cientistas reconhecem que as tartarugas podem recorrer a outros sentidos para se orientar em seu mapa magnético global, mas o tato magnético é um componente essencial dessa capacidade.
Contudo, como já se sabe que as mais jovens usam outro sentido magnético, possivelmente baseado em moléculas fotossensíveis que lhes permitiriam “ver” campos magnéticos como uma "bússola", o quadro fica mais claro: os dois sistemas se complementam. Juntos, eles permitem que as tartarugas definam tanto onde estão quanto para onde devem ir.

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