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Depois de um ano marcado por uma verdadeira disparada no setor de construção, Cyrela (CYRE3) e Direcional (DIRR3) despontam como símbolos do otimismo que dominou o mercado imobiliário em 2025 — mas também ilustram o momento de ressaca técnica que costuma suceder movimentos verticais de alta.
Ambas as ações figuram entre as maiores valorizações do Ibovespa no ano, com ganhos que ultrapassam 80%, sustentadas por resultados sólidos e forte apetite comprador.
Agora, no entanto, os gráficos semanais começam a sinalizar um período de consolidação e leve correção, típico de uma fase de ajuste saudável após meses de valorização intensa. A tendência de fundo ainda é de alta, mas os sinais técnicos indicam que o mercado pode estar em busca de novo ponto de equilíbrio antes do próximo movimento direcional.
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Para entender até onde o preço de Cyrela (CYRE3) e Direcional (DIRR3) podem ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
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Análise técnica Cyrela (CYRE3)
A Cyrela acumula alta de 83,93% em 2025, figurando entre os destaques do Ibovespa. No entanto, o ativo entrou em fase de ajuste nas últimas semanas, após marcar topo histórico em R$ 32,31. Na última sessão, encerrou o pregão em R$ 29,87, com leve alta de 2,22%, enquanto no mês de outubro ainda acumula queda de 2,70% — um movimento que indica pausa no ímpeto comprador, mas sem reversão da estrutura altista.
Pelo gráfico semanal, a Cyrela permanece acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, que seguem apontadas para cima, confirmando a continuidade da tendência de alta no médio prazo. A recente correção ocorre após uma escalada expressiva, e a manutenção dos preços acima das médias é um sinal de força compradora ainda vigente.
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O IFR (14) em 68,97 pontos mostra o ativo próximo da zona de sobrecompra, sugerindo uma possível acomodação dos preços antes de qualquer novo impulso.
No curto prazo, o movimento de realização ganha força caso haja perda da faixa de R$ 28,86 / R$ 27,00, podendo levar o papel a testar R$ 23,87 / R$ 21,90. Uma quebra mais acentuada desse patamar abriria espaço para buscar suportes em R$ 19,40 e R$ 18,27.
Já a superação da resistência entre R$ 30,63 e R$ 32,31, onde se encontra o topo histórico, recoloca a Cyrela em tendência de aceleração altista, com alvos projetados em R$ 35,32 / R$ 36,67, podendo se estender até R$ 39,69 em caso de rompimento consistente.
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Análise técnica Direcional (DIRR3)
A Direcional (DIRR3) é uma das estrelas do Ibovespa em 2025, acumulando alta de 89,81% no ano — o segundo melhor desempenho do índice. O papel, contudo, vem passando por um processo natural de realização após atingir topo histórico em R$ 16,47.
Na última sessão, DIRR3 fechou em R$ 15,27, com leve avanço de 0,66%, mas acumula recuo de 5,57% em outubro, sinalizando um arrefecimento do ritmo de alta. Ainda assim, no médio prazo, a tendência segue positiva, com o preço acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas inclinadas para cima.
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O IFR (14) em 66,41 pontos reforça a condição de sobrecompra, indicando espaço para algumas semanas adicionais de consolidação antes de um eventual novo ciclo de alta.
No curto prazo, o suporte imediato se concentra em R$ 14,79 / R$ 13,76, e a perda dessa faixa pode acionar o próximo patamar em R$ 12,53 / R$ 10,34, com extensão possível até R$ 8,98.
Já a superação da resistência entre R$ 16,09 e R$ 16,47 — o topo histórico — tende a renovar o apetite comprador, projetando alvos em R$ 17,38 / R$ 17,95, e, num cenário estendido, até R$ 19,23 / R$ 19,80.

Suportes e resistências
CYRE3 (Cyrela)
Com base no fechamento do dia 8/10, aos R$ 29,87, as ações da Cyrela contam com:
Suportes de curto prazo em R$ 28,86 (1), R$ 27,00 (2) e R$ 23,87 (3);
e resistências em R$ 30,63 (1), R$ 32,31 (2) e R$ 35,32 (3).
Suportes de médio prazo em R$ 23,87 (1), R$ 21,90 (2) e R$ 19,40 (3);
e resistências em R$ 36,67 (1), R$ 39,69 (2) e R$ 42,10 (3) (projeção estendida do movimento).
DIRR3 (Direcional)
Com base no fechamento do dia 8/10, aos R$ 15,27, as ações da Direcional Engenharia contam com:
Suportes de curto prazo em R$ 14,79 (1), R$ 13,76 (2) e R$ 12,53 (3);
e resistências em R$ 16,09 (1), R$ 16,47 (2) e R$ 17,38 (3).
Suportes de médio prazo em R$ 12,53 (1), R$ 10,34 (2) e R$ 8,98 (3);
e resistências em R$ 17,95 (1), R$ 19,23 (2) e R$ 19,80 (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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