Conselho Consultivo da Anatel elege nova chapa e indica prioridades

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Fabricio. Mota e Paloma Rocillo. - Foto: Anatel

Na reunião do Conselho Consultivo da Anatel que aconteceu nesta terça-feira, 11, na sede da agência em Brasília, Fabricio da Mota Alves foi reeleito presidente do colegiado, e Paloma Rocillo foi eleita vice-presidente, ambos para mandatos de um ano.

"Um ano pode parecer significativo, mas é muito pouco, dadas as dificuldades de funcionamento do Conselho", disse Mota, que representa o Senado no órgão de participação social na Anatel.

"Me sinto bastante engajado e mobilizado. Estamos com uma composição muito robusta do Conselho e isso me dá muito interesse em perseverar nessa continuidade", disse Mota. Já Paloma Rocillo (representa de entidades dos usuários) aceitou a indicação para a vice-presidência e destacou o "compromisso público" em contribuir.

A chapa foi apoiada por membros do colegiado. Flávio Lara Resende, por exemplo, chegou a sugerir que mandato fosse estendido para "pelo menos dois anos com possibilidade, inclusive, de recondução".

Entre as prioridades da nova gestão, está a reformulação do regimento interno do colegiado, que está em vigor há quase 30 anos e é considerado defasado no cenário tecnológico atual, marcado pela complexidade dos novos modelos de negócios digitais.

Além da revisão do regimento interno, a próxima gestão do Conselho Consultivo pretende trabalhar em seis frentes, com as seguintes ações:

  1. Fortalecimento da Capacidade de Influência Institucional

  • Trabalhar pela receptividade e consideração efetiva de nossas manifestações junto ao Conselho Diretor e às áreas técnicas da Agência
  • Buscar mecanismos que ampliem o peso institucional de nossas recomendações nas decisões regulatórias
  • Não basta opinar; é preciso construir canais de diálogo que valorizem a contribuição deste Conselho
  1. Ampliação do Alcance de Nossa Atuação para Além dos Setores Formalmente Representados

  • Reconhecer que a representatividade institucional do Conselho é definida por lei e decreto federal, mas que nosso alcance pode e deve ir além.
  • Criar canais permanentes de diálogo com toda a sociedade e com os novos atores e setores que se organizam em torno de novos modelos de negócio e prestação de serviços baseados em telecomunicações:
  • Empresas de telecomunicações de diversos portes não formalmente representadas
  • Startups e empresas de tecnologia emergentes
  • Comunidades e coletivos digitais
  • Organizações que atuam em áreas correlatas (proteção de dados, direitos digitais, inovação)
  • Assegurar que o Conselho seja um espaço de escuta ampla, capaz de captar as transformações do ecossistema de telecomunicações em toda sua diversidade

3. Escuta Ativa e Amplificação das Vozes da Sociedade no colegiado

  • Exercer o papel de canal de escuta qualificada sobre os grandes temas nacionais: Conectividade e inclusão digital, Soberania tecnológica, Inteligência artificial, Infraestrutura digital
  • Ecoar as opiniões, demandas e preocupações dos diversos segmentos da sociedade junto à Agência
  • Realizar audiências públicas e seminários como espaços de escuta e diálogo
  • Sistematizar as contribuições recebidas e traduzi-las em recomendações fundamentadas
  • Atuar como ponte entre a sociedade e os órgãos decisores, garantindo que as vozes plurais sejam efetivamente consideradas nas políticas públicas do setor
  1. Institucionalização de Mecanismos de Monitoramento

  • Criar sistema de acompanhamento e avaliação de nossas próprias recomendações
  • Não nos contentarmos em emitir pareceres sem saber seu impacto real
  • Cobrar respostas dos órgãos técnicos
  • Dialogar e, quando necessário, insistir em nossas posições
  1. Garantia de Recursos e Estrutura Adequados

  • Assegurar recursos orçamentários, humanos e técnicos necessários ao pleno exercício de nossas atribuições
  • Equipe de apoio qualificada
  • Orçamento para realização de eventos e estudos
  • Infraestrutura tecnológica que nos permita atuar com eficiência
  1. Fortalecimento da Identidade Institucional e Articulação Interinstitucional

  • Consolidar a identidade institucional do Conselho, dando continuidade a iniciativas já implementadas:
  • Identidade visual própria, que reforça a autonomia e visibilidade do Conselho Consultivo
  • Criação e aprimoramento de comitês temporários e temáticos com capacidade real de funcionamento
  • Aprimorar a interlocução do Conselho Consultivo da Anatel com outros Conselhos e instâncias formais de participação social no âmbito federal, estadual e municipal
  • Promover trocas de experiências, boas práticas e aprendizados mútuos
  • Contribuir para o fortalecimento da cultura de participação social na Administração Pública brasileira
  • Posicionar o Conselho Consultivo da Anatel como referência nacional em governança participativa no setor regulado
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