Como fotógrafo espacial conseguiu fazer imagem de "galáxia do coração"

Como destaca o site Space.com, a nebulosa deve seu nome à forma que lembra um coração humano (não a interpretação biológica, mas a artística). Seu centro, em um azul-petróleo, é envolto por filamentos densos de poeira cósmica em tons de amarelo e marrom, o que cria um contraste sublime contra um fundo repleto de estrelas cintilantes.

A Nebulosa do Coração é um berçário estelar, onde estrelas jovens e energéticas esculpem a paisagem ao seu redor com intensa radiação. Logo abaixo dela, um aglomerado de poeira e gás conhecido informalmente como Nebulosa Cabeça de Peixe completa a cena, com seu formato oval e um filamento escuro que sugere a silhueta de uma criatura marinha.

Para observar essa maravilha celeste, os entusiastas podem olhar na direção da constelação de Cassiopeia, a cerca de 5 graus da estrela brilhante Segin. No céu de outubro, ela aparece bem acima do horizonte norte por volta da meia-noite.

Brecher investiu 40 horas e 35 minutos de exposição durante o mês de setembro, utilizando um telescópio refrator Sky-Watcher Esprit 70 EDX e uma câmera astronômica especializada. O processo incluiu o uso de filtros para isolar comprimentos de onda específicos da luz, que, após um minucioso trabalho de pós-processamento, ganharam as cores vibrantes vistas na imagem final.

Cada fóton registrado na foto começou sua jornada há milênios, viajando pelo espaço até ser capturado pela lente do telescópio, transformando-se em um testemunho visual de um passado distante.