Como cientistas encontraram remédio anti-idade no solo da Ilha de Páscoa

há 6 dias 3
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O medicamento nomeado como rapamicina, em homenagem à ilha Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa, no ocidente), tem um potencial de gerar bilhões de dólares. Clinicamente conhecido como sirolimus, o remédio foi inicialmente desenvolvido como um imunossupressor, evitando que o corpo rejeite o órgão recebido em um transplante.

Além disso, o remédio se mostrou eficaz no tratamento de certos tipos de câncer e pesquisadores investigam seu potencial para tratar diabetes e doenças neurológicas. Existem evidências que sustentam a possibilidade do remédio prevenir o envelhecimento — em testes, ele conseguiu aumentar o tempo de vida de camundongos e cepas de leveduras.

Em 2024, o medicamento valia cerca de US$ 328 milhões no mundo todo. Até 2033, a projeção é que o remédio possa ultrapassar o valor de U$ 522 milhões.

De onde veio a rapamicina?

Além disso, o METEI queria entender como a construção do aeroporto iria modificar a saúde e o bem-estar dos indígenas de Rapa Nui, já que eles teriam um contato maior com outras pessoas. Durante três meses, os pesquisadores realizaram exames médicos em quase todos os 1.000 habitantes da ilha — amostras biológicas foram coletadas da fauna e da flora local.

Conforme as pesquisas foram avançando, mais propriedades da rapamicina foram descobertas. Ao inibir uma proteína denominada mTOR da rapamicina, o medicamento consegue regular o crescimento das células, do metabolismo e do sistema imunológico. Esse mecanismo também se mostrou eficaz na redução de inflamação, no combate a alguns tipos de câncer e na prevenção do envelhecimento celular.

Apesar dos benefícios medicinais apresentados pela medicação, os povos da Ilha de Páscoa não receberam nenhum crédito sobre a descoberta. Inclusive, embora o medicamento tenha gerado um retorno bilionário, o povo Rapa Nui não recebeu nenhum benefício financeiro ou medicinal.

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