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Parece o início de Jurassic Park, mas é vida real: cientistas encontraram os primeiros depósitos sul-americanos de âmbar contendo insetos preservados em uma pedreira no Equador. Um estudo sobre a descoberta foi publicado em setembro no periódico Communications Earth & Environment.
O âmbar (resina de árvore fossilizada) foi descoberto em amostras que remontam a 320 milhões de anos e se tornou mais comum entre 120 milhões e 70 milhões de anos atrás, no período Cretáceo. Não é incomum que essas resinas antigas contenham restos de plantas ou animais presos, os preservando como se fossem fósseis.
Essas "bioinclusões" podem oferecer vislumbres de antigas formas de vida. Até esta descoberta, a maioria dos grandes depósitos de âmbar de que se tinha conhecimento estavam localizado no Hemisfério Norte, o que dava uma visão limitada de como eram os ecossistemas do Hemisfério Sul na época em que os continentes começaram a se separar.
Cientistas encontram âmbar de 112 milhões de anos cheio de insetos ancestrais
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Pesquisadores com as rochas onde foram encontradas amostras de âmbar — Foto: Delclòs, X., Peñalver, E., Jaramillo, C.
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Amostras de âmbar com resquícios de plantas — Foto: Delclòs, X., Peñalver, E., Jaramillo, C.
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Pedaços de âmbar de 112 milhões de anos encontrados no Equador — Foto: Delclòs, X., Peñalver, E., Jaramillo
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Insetos preservados pelo âmbar por milhões de anos — Foto: Delclòs, X., Peñalver, E., Jaramillo, C.
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Espécimes de insetos encontrados no âmbar — Foto: Delclòs, X., Peñalver, E., Jaramillo, C.
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Insetos preservados pelo âmbar — Foto: Delclòs, X., Peñalver, E., Jaramillo, C.
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Restos de folhas e plantas descobertos no âmbar — Foto: Delclòs, X., Peñalver, E., Jaramillo, C.
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Descoberta ocorreu na Pedreira Genoveva, no Equador — Foto: Delclòs, X., Peñalver, E., Jaramillo, C.
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Descoberta ocorreu na Pedreira Genoveva, no Equador — Foto: Delclòs, X., Peñalver, E., Jaramillo, C. — Foto: Delclòs, X., Peñalver, E., Jaramillo, C.
Veja imagens do local onde aconteceu a descoberta e das amostras colhidas
Xavier Delclòs, autor do estudo e pesquisador da Faculdade de Ciências da Terra da Universidade de Barcelona, na Espanha, e sua equipe analisaram as amostras de âmbar e de rocha circundante coletadas na Pedreira de Genoveva, no Equador.
O âmbar, datado de 112 milhões de anos atrás, pertence à Formação Hollín, uma camada sedimentar que se estender pela Bacia do Oriente no Equador. A pesquisa revela que dois tipos de âmbar foram identificados: um formado no subsolo, perto das raízes de plantas produtoras de resina, e outro que se desenvolveu ao ar livre.
Vinte e uma bioinclusões foram encontradas em 60 amostras do segundo tipo de âmbar. Os pesquisadores encontraram cinco ordens de insetos: Diptera (moscas), Coleoptera (besouros) e Hymenoptera (grupo que inclui formigas e vespas), bem como um fragmento de teia de aranha. A rocha que envolvia o âmbar também continha vários fósseis de plantas, como esporos e pólens.
A partir das características dos fósseis, a investigação conclui que o âmbar se originou em uma floresta quente e úmida, repleta de vegetação densa e árvores produtoras de resina no sul da Gondwana, supercontinente que existiu entre 550 e 180 milhões de anos atrás.
Para os cientistas, a descoberta é um recurso crucial para a compreensão da vida e da biodiversidade durante esse período na história da Terra.