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A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência de Ameaças da Check Point Software, detectou em outubro de 2025 uma média de 1.938 ciberataques semanais por organização ao redor do planeta, um aumento de 2% em relação ao mês anterior e 5% sobre outubro de 2024.
Esse crescimento reflete a intensificação das ameaças globais, impulsionadas pelo avanço do ransomware e pelos riscos da IA generativa.
O relatório também assinala um aumento de 48% nos ataques de ransomware em todo o mundo neste período.
Riscos crescentes com IA generativa
O uso corporativo de IA generativa expandiu rapidamente, aumentando também o risco de vazamento de dados críticos.
Em outubro, 1 a cada 44 prompts enviados por redes corporativas apresentava alto risco de vazamento, impactando 87% das empresas usuárias de IA. Outros 19% desses prompts continham dados sensíveis, como código proprietário ou informações de clientes.
Apesar de algumas ferramentas serem gerenciadas, as organizações usam em média 11 soluções de IA generativa diferentes — a maioria provavelmente fora do controle corporativo.
Houve incremento no vazamento de código-fonte e credenciais em relação a outros tipos de dados, como identidade pessoal e finanças.
Cenário regional
A América Latina liderou o volume de ataques (2.966 semanais por organização, +16% em 1 ano), seguida por África (2.782, -15%) e Ásia-Pacífico (2.703, -8%).
A América do Norte teve o maior crescimento percentual, subindo 18%, impulsionada por campanhas intensas de ransomware.
No Brasil, as organizações registraram 3.206 incidentes semanais em outubro (+14% frente a outubro de 2024), mantendo o país entre os mais visados da região. Houve também salto significativo em setembro, com 2.733 incidentes/semana.
Setores mais atacados
O setor de educação foi o mais visado globalmente (4.470 ataques semanais, +5%), seguido por telecomunicações (2.583, +2%) e governo (2.550, -2%). O segmento de hotelaria subiu 40%, alcançando o 5º lugar global com a proximidade das festas.
No Brasil, o setor público liderou em outubro (5.389 ataques semanais por órgão), seguido por educação (2.837) e energia/utilities (2.583). Hotéis brasileiros sofreram ataques com roubo de dados de cartões via malware VenomRAT, distribuído por phishing.
O VenomRAT permitiu roubo de credenciais e exfiltração de informações financeiras de hóspedes, em operações atribuídas ao grupo RevengeHotels usando código gerado por IA.
Panorama do ransomware
Foram relatados 801 incidentes públicos de ransomware no mundo em outubro (+48% em 1 ano). América do Norte concentrou 62% dos casos, principalmente nos EUA.
Os setores mais afetados foram Serviços Empresariais (12%), Bens/Consumo (10,5%) e Manufatura (10,4%). Principais grupos de ransomware: Qilin (22,7%), Akira (8,7%) e Sinobi (7,8%).
Perspectiva dos especialistas
Segundo Omer Dembinsky, gerente de Pesquisa de Dados da CPR, a preocupação vai além do volume de ataques: o alto índice de sucesso dos ransomwares é sinal de alerta, agravado pela exposição de dados via IA generativa.
“A única abordagem eficaz é a prevenção impulsionada por IA em tempo real e inteligência proativa para bloquear ataques antes que causem danos”, conclui Dembinsky.

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