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Quem procurou CDBs para investir em setembro pôde perceber que as taxas oferecidas pelos bancos estavam menores na comparação com as remunerações praticadas no mês anterior. Houve fechamento das taxas em todos os indexadores, dos pós-fixados aos títulos de inflação. E em outubro, a tendência é de manutenção de rentabilidade mais baixa.
Levantamento da Quantum Finance feito a pedido do InfoMoney mostrou que os CDBs atrelados à inflação pagaram, em média, IPCA + 8,89% ao longo de setembro nos papéis com vencimento em 12 meses. Em agosto, o juro real médio desses papéis foi maior, de 9,59%.
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Nos títulos mais longos, com vencimento em 36 meses, o juro real médio caiu de 7,72% em agosto para 7,64% em setembro. Já no prazo intermediário, de 24 meses, a queda foi de 8,13% para 7,81%.
Confira as taxas dos CDBs de inflação emitidos em setembro:
Prazo (meses) | Taxa mínima (IPCA+) | Taxa média (IPCA+) | Taxa máxima (IPCA+) | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
12 | 8,29% | 8,89% | 9,48% | 45 | Banco ABC Brasil |
24 | 7,38% | 7,81% | 8,20% | 54 | Haitong Brasil |
36 | 7,23% | 7,64% | 8,15% | 160 | Haitong Brasil |
Guilherme Almeida, head de renda fixa da Suno Research, explica que a expectativa de queda da Selic foi o fator que mais contribuiu para a redução dos prêmios dos títulos públicos nos últimos meses e consequente diminuição das taxas dos CDBs, que acompanham o movimento do Tesouro Direto.
A procura por instrumentos de renda fixa também ajuda a explicar o movimento, já que “provoca a emissão de títulos com spread cada vez menor”, argumenta Almeida.
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Nos títulos pós-fixados, atrelados ao CDI, apenas a taxa média dos títulos com vencimento em seis meses subiu – de 98,12% para 100,72% do CDI. Nos outros prazos, houve queda: pós-fixados de 12 meses pagaram, em média, 99,82% do CDI em setembro contra 100,01% em agosto; nos papéis de 36 meses, a taxa média caiu de 100,53% para 100,24% do CDI.
Prazo (meses) | Taxa mínima (% CDI) | Taxa média (% CDI) | Taxa máxima (% CDI) | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | 97,50% | 99,76% | 105,00% | 52 | Paraná Banco |
6 | 96,50% | 100,72% | 117,00% | 25 | Banco Master |
12 | 90,00% | 99,82% | 106,00% | 94 | Banco BMG |
24 | 70,00% | 98,47% | 106,00% | 52 | BancoSeguro |
36 | 96,00% | 100,24% | 102,50% | 53 | Banco C6 |
Já nos prefixados, o movimento foi misto. Houve queda em 12 meses – de 14,22% para 14,03% ao ano – e 36 meses – de 13,41% para 13,06% e leve alta em seis meses – de 14,46% para 14,48% – e 24 meses – de 13,11% para 13,35% ao ano.
Confira as taxas dos prefixados emitidos em setembro:
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Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
6 | 14,25% | 14,48% | 15,33% | 21 | Santander Brasil |
12 | 13,24% | 14,03% | 14,75% | 34 | Sinosserra Financeira |
24 | 12,92% | 13,35% | 14,01% | 14 | Haitong Brasil |
36 | 12,76% | 13,06% | 13,25% | 10 | Haitong Brasil |
Perspectivas para outubro
Enquanto o mercado converge para um consenso sobre o início de ciclo do corte de juros, as taxas dos títulos bancários tendem a permanecer baixas, podendo cair ainda mais se os investidores seguirem demandando os papéis, segundo a leitura de Almeida do cenário atual.
“Esse cenário de redução na incerteza traz uma precificação de juros em patamares mais baixos, então, acredito que a gente ainda vai ter uma continuidade desse fechamento da curva de juros e consequente redução dos prêmios ofertados enquanto a demanda continua aquecida”, projeta o head de renda fixa da Suno Research.