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Muita gente escolhe o detergente pela fragrância, outros pela marca e há quem simplesmente pegue o primeiro frasco que está na altura dos olhos. A escolha também pode vir pela cor, aposta das marcas para chamar a atenção dos clientes. Mas é só pela estética mesmo? Afinal, por que existem tantas variações de cores de detergentes?
A diversidade cromática dos detergentes vai além das estratégias de marketing. Na verdade, há ciência e engenharia química por trás de cada cor. Além de sinalizar fragrâncias específicas, os tons funcionam como códigos visuais para tecnologias distintas de limpeza, desde fórmulas com maior poder desengordurante até versões pensadas para peles sensíveis ou controle de odores intensos.
Em entrevista à GALILEU, Leonardo Zombardi, gerente executivo de Pesquisa e Desenvolvimento de Produto (P&D) da Ypê, afirma que as variações cromáticas refletem adaptações específicas nas fórmulas. Tais adaptações são pensadas e desenvolvidas de acordo com distintas necessidades dos consumidores.
Um produto, múltiplas funções
Antes de falar das cores, vale entender o que torna um detergente eficaz. Diferente da água, que não consegue se misturar à gordura, os detergentes funcionam porque são compostos por moléculas anfifílicas, ou seja, que possuem duas extremidades com características opostas: uma parte hidrofílica – que se liga à água – e uma hidrofóbica – que se liga à gordura.
Quando dissolvido na água, o detergente organiza essas moléculas em estruturas chamadas micelas: pequenas “bolhas” onde as extremidades hidrofóbicas ficam voltadas para o interior, agarrando a gordura, enquanto as extremidades hidrofílicas apontam para fora, interagindo com a água. A gordura é emulsificada e carregada pelas micelas, que são levadas ralo abaixo no enxágue.
Com essa funcionalidade básica, os detergentes são “incrementados” com novas tecnologias. Hoje, lavar louça vai além de remover gordura e passa a englobar a eliminação de odores, a preservação da pele e o cuidado com o meio ambiente.
Junto desses fatores, a coloração dos produtos procura trazer uma experiência sensorial, com as fragrâncias ou com a atração que são as espumas do produto. “As cores são importantes para que o consumidor entenda e busque, através delas, benefícios como performance e rendimento”, observa Zombardi.
Da próxima vez que estiver no supermercado, talvez você repare com outros olhos na prateleira de detergentes. Mas, antes de chegar aos consumidores, o desenvolvimento dos detergentes passa por outras etapas.
Para que o uso de detergentes seja mais democrático, os setores de P&D começam os trabalhos cedo. Segundo Zombardi, “tudo começa muito antes de ter um produto ali, em mãos: começa com os pesquisadores estudando o que realmente há de matérias-primas mais seguras”. Posteriormente, há o processo de escolha entre os produtos com o menor custo-benefício, para que também não pese no bolso dos consumidores.
Um dos maiores desafios da área de P&D é entregar qualidade superior a preços acessíveis, mesmo com a maioria das matérias-primas sendo importadas e custosas — Foto: Indeba A cor da fragrância tem relação com a experiência sensorial dos consumidores. Os detergentes vermelhos, verdes e verde-claros, por exemplo, correspondem respectivamente aos aromas de maçã, limão e capim-limão – perfumes que remetem à limpeza fresca e à sensação de cozinha limpa logo após o uso.
Mas o que talvez passe despercebido é que esses produtos também contam com tecnologia de controle de odores. Há formulações que neutralizam cheiros difíceis – como alho, cebola, ovo e até peixe – e isso, de acordo com Zombardi, é possível graças a compostos como o zinco, que se ligam a moléculas odoríferas, como as de enxofre, tornando-as inodoras.
Pioneiros, clássicos e muitas cores
Entre as opções mais tradicionais de do mercado, estão os detergentes transparentes e amarelos – fórmulas que, além de altas taxas de rendimento, oferecem excelente poder desengordurante. Zombardi conta que a versão clear da Ypê, por exemplo, exigiu uma tecnologia capaz de eliminar os corantes da fórmula sem comprometer sua eficácia na limpeza.
Tanto os amarelos quanto os transparentes fazem parte da categoria dos detergentes neutros, que costumam ser escolhidos por quem prioriza performance e rendimento. São ideais para o dia a dia e entregam resultados mesmo em sujeiras mais difíceis, como panelas engorduradas.
Para quem evita encarar a pia porque as mãos ressecam com facilidade, boas opções são os detergentes cor-de-rosa ou os no tom branco. Desenvolvidos com foco no toque suave, estes produtos mantêm o poder de limpeza ao mesmo tempo em que entregam uma experiência mais gentil para com a pele.
Perfume, cor e textura são cuidadosamente desenvolvidos para transformar a limpeza em uma experiência positiva para o consumidor — Foto: Vecteezy Há opções para quem quer uma pegada mais sustentável. “A linha Green tem uma paridade em performance, mas tem ingredientes de origem vegetal, ingredientes de origem sustentável e que geram menor impacto no meio ambiente”, destaca Zombardi.
Quem prefere fórmulas com ação mais profunda – especialmente em ambientes onde a higienização é uma prioridade. A versão antibacteriana do detergente, identificada pela cor azul tiffanny, elimina 99,9% das bactérias testadas, incluindo Staphylococcus aureus, Salmonella choleraesuis e Escherichia coli.
Essa tecnologia combina ação desengordurante com segurança microbiológica, tornando-se uma opção eficaz para quem deseja uma limpeza mais criteriosa e, ao mesmo tempo, prática. E aí, pronto para mudar sua cor de preferência, leitor?

há 1 mês
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