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O Brasil está entre os 15 países do mundo com maior risco de fraude, com a pior classificação da América Latina. O país aparece na 101ª posição entre 112 nações avaliadas pelo Global Fraud Index, um relatório produzido pela líder global em verificação e prevenção de fraudes, Sumsub, em colaboração com a Statista, KPMG México, CryptoUK, Digital Assets Association, Vixio Regulatory Intelligence e Association FinTech México. O índice avalia os níveis de proteção dos países com base em métricas como taxas de ataque, instabilidade econômica, acesso a recursos digitais, regulamentação e capacidade de intervenção governamental.
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Comparado aos dados de 2024, quando o Global Fraud Index foi publicado pela primeira vez, a posição do Brasil passou de 96 (entre 103 países) para 101 (entre 112 países). Nos três pilares que influenciam a atividade fraudulenta, o país registrou leve queda em Saúde Econômica e Intervenção Governamental, enquanto sua pontuação em Acesso a Recursos Digitais melhorou.
Luxemburgo teve a melhor classificação, ocupando o primeiro lugar no Global Fraud Index da Sumsub, com uma pontuação de 0,80. No final da lista está o Paquistão, com uma pontuação de 7,48 e na última posição pelo segundo ano consecutivo. O relatório destaca a Europa como a região com maior concentração de países entre os 15 mais protegidos contra fraudes, enquanto a América Latina tem a maioria de suas nações na categoria “estável”, com pequenas mudanças de posição em 2025.
Veja os principais insights do Global Fraud Index:
- Os 10 países mais protegidos contra fraudes digitais: Luxemburgo, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Países Baixos, Suíça, Nova Zelândia, Suécia, Áustria, Singapura;
- Os 10 países menos protegidos contra fraudes digitais: Paquistão, Indonésia, Nigéria, Índia, Tanzânia, Uganda, Bangladesh, Ruanda, Azerbaijão, Sri Lanka;
- Singapura caiu da primeira posição no relatório do ano passado para a 10ª em 2025;
- O Global Fraud Index também destaca uma queda significativa na classificação dos Estados Unidos e da Malásia, que caíram 36 e 52 posições, respectivamente;
- Na América Latina, o Uruguai teve a melhor classificação, aparecendo na 30ª posição com um índice de fraude de 1,99;
- O Peru subiu 24 posições em relação ao ano passado, enquanto a Guiana teve a maior queda, caindo 27 posições; Paraguai (-10) e Honduras (-6) também pioraram em relação a 2024. Todos os outros países latino-americanos mantiveram resultados relativamente estáveis.
“No Global Fraud Index 2025, o México aparece entre as posições 70 e 75, mostrando uma leve melhora em relação ao ano anterior. Na América Latina, o Brasil e Colômbia figuram entre os países menos protegidos contra a fraude digital. É importante notar que nenhum país latino-americano aparece no Top 15 global, o que evidencia uma oportunidade urgente de fortalecer as capacidades de prevenção e resiliência na região”, afirma Cesar Pérez Orozco, Sócio de Forensic da KPMG México.
A análise ganha ainda mais relevância em um ambiente no qual os ataques com uso de inteligência artificial estão se tornando mais frequentes. “A proteção contra fraudes não se trata de geografia, mas sim de governança. Ao mesmo tempo, os fraudadores estão tendo acesso a ferramentas de IA cada vez mais poderosas. O que antes era uma ameaça de nicho, se tornou algo comum”, afirma Timothy Owens, Especialista em Tecnologia e IA e Líder Sênior de Pesquisa em Tecnologia e Telecomunicações da Statista.
“Para líderes de tecnologia, a mensagem é clara: trate a exposição à fraude como o tempo de disponibilidade dos sistemas, exigindo monitoramento constante”, acrescenta. “Sistemas de verificação, compartilhamento de informações entre organizações e respostas robustas a incidentes não são mais opcionais, são componentes fundamentais para operar no ambiente digital atual.”
“As descobertas do Global Fraud Index 2025 da Sumsub evidenciam não só a urgência em fortalecer os controles antifraude na América Latina, mas também de integrar esses esforços com acessibilidade e inclusão. Na agenda ESG, os programas antifraude devem abordar múltiplas dimensões para serem realmente efetivos. Na KPMG, acreditamos que uma cultura antifraude sólida se constrói não só com ética e compliance, mas também com inclusão financeira e colaboração intersetorial“, Daniel Ortiz de Montellano, Diretor de Forensic da KPMG México.
A segunda edição do Global Fraud Index analisa o risco de fraude em 112 países e combina dados internos da Sumsub com fontes externas como o Banco Mundial, The Heritage Foundation, Oxford Insights, Transparência Internacional, Numbeo e outros bancos de dados.
O índice completo, incluindo insights adicionais baseados em dados, mapas interativos e infográficos, bem como informações específicas por país, está disponível no site da Sumsub.
Metodologia do estudo Global Fraud Index 2025
O Global Fraud Index utiliza dados internos e externos. Os dados internos da Sumsub são baseados em volumes de mais de 1 milhão de verificações realizadas diariamente na plataforma. A maioria dos dados é de 2024 e 2025, com um indicador de 2023. As fontes externas incluem o Banco Mundial, The Heritage Foundation, Oxford Insights, Transparência Internacional, Numbeo e outros bancos de dados.
O índice consiste em 4 pilares principais de análise para cada país. Eles incluem não apenas a taxa de fraude do país, mas também incorporam a hipótese do “Triângulo da Fraude”. Esse modelo amplamente utilizado reflete como certos fatores — pressão, oportunidade e racionalização — contribuem para taxas mais altas de fraude e corrupção. Na fraude digital, esse triângulo se manifesta por meio de menor acessibilidade a recursos digitais, intervenção governamental menos eficiente e pontuações mais altas de instabilidade econômica.
Mais detalhes sobre a metodologia: https://sumsub.com/global-fraud-index/methodology-2025/

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