BBAS3, BBDC4 e ITUB4 recuam em outubro: fim do fôlego com bancos ou oportunidade?

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Depois de um primeiro semestre marcado por fortes ganhos e renovação de máximas históricas, as ações dos grandes bancos brasileiros — Itaú Unibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) — iniciam outubro em tom mais cauteloso.

O setor, que foi um dos pilares da alta do Ibovespa ao longo de 2025, agora enfrenta movimentos corretivos em meio à realização de lucros e à perda momentânea de fôlego comprador.

Com o avanço das últimas semanas dando lugar a ajustes técnicos, o mercado volta suas atenções aos principais níveis de suporte desses papéis, que podem determinar se o atual movimento é apenas uma pausa dentro de uma tendência de alta mais ampla — ou o início de uma correção mais prolongada.

Para entender até onde o preço de Bando do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) podem ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica Banco do Brasil (BBAS3)

No curto prazo, BBAS3 tenta se firmar após tocar mínima do ano em R$ 18,12, mas a recuperação vem perdendo tração. O papel fechou a última sessão em alta de 0,33%, cotado a R$ 21,19, acumulando queda de 4,07% em outubro e recuo de 9,11% no ano, refletindo o predomínio do fluxo vendedor.

As ações seguem abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, que se inclinam para baixo e funcionam como resistência dinâmica, sinalizando viés de baixa no curto prazo. O IFR (14), em 45,24 pontos, segue neutro.

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Para que o ativo retome viés positivo, será necessário romper R$ 21,81 / R$ 22,73. Caso esse rompimento ocorra com volume, os próximos alvos projetados se situam em R$ 23,93 / R$ 25,60, e, mais adiante, R$ 28,58 / R$ 29,57.

Enquanto isso, a manutenção da pressão vendedora pode levar o papel a testar R$ 20,71 / R$ 19,90 / R$ 19,02, e, em um cenário mais intenso, revisitar a mínima anual em R$ 18,12, que continua sendo o principal suporte de médio prazo.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica Bradesco (BBDC4)

As ações do Bradesco (BBDC4) mantêm a tendência de alta no médio prazo, mas passam por um movimento de realização desde o toque na resistência de R$ 17,92. O papel encerrou a última sessão em alta de 0,53%, cotado a R$ 17,08, acumulando queda de 3,36% em outubro, embora registre forte valorização de 59,77% em 2025.

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No gráfico diário, o ativo voltou a negociar abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, indicando fase corretiva. Essas médias, que antes atuavam como suporte dinâmico, agora funcionam como resistência imediata, reforçando a necessidade de cautela. O IFR (14) está em 52,51 pontos, zona neutra.

Os suportes mais relevantes estão em R$ 16,59 / R$ 15,68 — a perda dessa faixa pode levar a correções até R$ 15,01 / R$ 14,00, próximas à média de 200 períodos. Alvos de longo prazo situam-se em R$ 13,27 / R$ 12,59.

Para retomar a trajetória altista, será essencial romper novamente R$ 17,17 / R$ 17,92. Superada essa região, os próximos objetivos passam a ser R$ 18,27 / R$ 18,88, e, em extensão, R$ 19,90 / R$ 21,10, retomando o fluxo comprador dominante de 2025.

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Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira mais análises:

Análise técnica Itaú (ITUB4)

No curto prazo, as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) seguem em movimento corretivo, após atingirem o topo histórico em R$ 39,48. O ativo, que acumulou forte valorização ao longo de 2025, começa a mostrar perda de força compradora e aumento do fluxo vendedor. Na última sessão, fechou em leve baixa de 0,16%, cotada a R$ 37,18, acumulando queda de 4,80% em outubro, mas ainda alta de 42,08% no ano.

Atualmente, ITUB4 negocia abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, sinalizando que a pressão vendedora permanece dominante. As médias começam a se inclinar para baixo, reforçando o tom de cautela. O IFR (14) marca 41,55 pontos, situando-se em zona neutra.

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Atenção especial para a região de R$ 36,96 / R$ 35,78, que funciona como suporte imediato e pode servir como ponto de parada do atual movimento. Caso o papel perca esses níveis, há potencial de correção até R$ 33,80 / R$ 33,60, próximas à média de 200 períodos — suporte estrutural relevante. Alvos mais longos aparecem em R$ 32,33 e R$ 29,98.

Por outro lado, uma reversão de curto prazo exigirá rompimento consistente das resistências em R$ 37,76 / R$ 38,20, onde estão as médias móveis. Acima desse patamar, o papel pode mirar R$ 39,48 / R$ 40,07, e, caso consiga renovar máximas, buscar R$ 40,54 / R$ 41,63.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Suportes e resistências

BBAS3 (Banco do Brasil)
Com base no fechamento da última sessão, aos R$ 21,19, as ações do Banco do Brasil contam com:
Suportes de curto prazo em R$ 20,71 (1), R$ 19,90 (2) e R$ 19,02 (3); e resistências em R$ 21,81 (1), R$ 22,73 (2) e R$ 23,93 (3).
Suportes de médio prazo em R$ 19,02 (1), R$ 18,12 (2) e R$ 17,60 (3); e resistências em R$ 25,60 (1), R$ 28,58 (2) e R$ 29,57 (3).

BBDC4 (Bradesco)
Com base no fechamento da última sessão, aos R$ 17,08, as ações do Bradesco contam com:
Suportes de curto prazo em R$ 16,59 (1), R$ 15,68 (2) e R$ 15,01 (3); e resistências em R$ 17,17 (1), R$ 17,92 (2) e R$ 18,27 (3).
Suportes de médio prazo em R$ 14,00 (1), R$ 13,27 (2) e R$ 12,59 (3); e resistências em R$ 18,88 (1), R$ 19,90 (2) e R$ 21,10 (3).

ITUB4 (Itaú Unibanco)
Com base no fechamento da última sessão, aos R$ 37,18, as ações do Itaú Unibanco contam com:
Suportes de curto prazo em R$ 36,96 (1), R$ 35,78 (2) e R$ 33,80 (3); e resistências em R$ 37,76 (1), R$ 38,20 (2) e R$ 39,48 (3).
Suportes de médio prazo em R$ 33,60 (1), R$ 32,33 (2) e R$ 29,98 (3); e resistências em R$ 40,07 (1), R$ 40,54 (2) e R$ 41,63 (3).

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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