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Austin Wolf, astro de filmes adultos, foi condenado nesta segunda-feira (29) a 19 anos de prisão em Nova York. A decisão foi anunciada pelo procurador do Distrito Sul de NY após o ator se declarar culpado em processo por exploração sexual infantil.
O ator de filmes adultos Austin Wolf, cujo nome verdadeiro é Justin Heath Smith, foi condenado nesta segunda-feira (29) a 19 anos de prisão por exploração sexual infantil.
De acordo com as investigações, antes de ser preso, Wolf chegou a planejar um encontro com um homem que afirmava ser pai de uma criança de apenas sete anos. Nas conversas, o indivíduo se ofereceu para entregar a criança ao ator para que fosse abusada sexualmente.
A prisão aconteceu após a polícia federal dos Estados Unidos executar um mandado de busca na residência de Wolf, antes que o encontro pudesse ocorrer. Durante a operação, os agentes também apreenderam um vasto acervo de material de abuso infantil armazenado pelo ator.

Crimes
De acordo com o procurador Jay Clayton, do Distrito Sul de Nova York, o ator de 44 anos foi condenado por aliciar menores para atividades sexuais ilegais e manter um padrão de conduta criminosa. A sentença foi proferida depois que o próprio Wolf se declarou culpado.
A investigação apontou que ele tinha como alvo, crianças e adolescentes. Além de marcar encontros com menores, Wolf também solicitava material explícito deles.
Na operação que resultou em sua prisão, as autoridades encontraram mais de 1.200 arquivos de pornografia infantil. Entre o material apreendido, havia vídeos de bebês e crianças sendo abusados. De acordo com os promotores, ele também compartilhou parte desse conteúdo com pelo menos 15 pessoas.
Os documentos do processo revelam ainda que, desde 2023, Wolf manteve contato e relações sexuais com vítimas menores de idade. Em um dos episódios relatados, no fim daquele ano, o ator e outro homem adulto se encontraram com uma adolescente de 15 anos. Na ocasião, o desconhecido praticou sexo oral na jovem enquanto o ator se masturbava.
As investigações também apontam que Wolf teve relações sexuais, em pelo menos três ocasiões, com alguém que acreditava ter 15 anos — mas que, na realidade, era um adulto. Em um desses encontros, registrado em vídeo pelo próprio ator, houve um ménage à trois com a participação do mesmo homem envolvido no caso anterior.
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Além disso, Wolf tentou marcar outros encontros para abusar de menores. Em janeiro de 2024, ele fez planos com um cúmplice, identificado como “Homem-2”, para violentar uma criança de nove anos, supostamente sob os cuidados desse homem. Wolf chegou a ir até o prédio do comparsa, mas o encontro acabou cancelado enquanto ele aguardava no lobby.
No mês seguinte, em fevereiro, o ator combinou um encontro com uma suposta adolescente de 14 anos, chegando a discutir práticas sexuais específicas e fornecendo o endereço de sua residência para recebê-la. O encontro, no entanto, não aconteceu.
O processo ainda detalha outros crimes cometidos por Wolf, como a solicitação de material de abuso sexual infantil a pelo menos um menor de idade e a indivíduos que se passavam por adolescentes. Em uma das conversas, ele pediu conteúdos explícitos a um jovem de 15 anos, que chegou a enviar um vídeo íntimo, mostrando o pênis e o ânus.
Em outra interação, Wolf trocou mensagens e fotos com um usuário identificado como “12M”, sugerindo se tratar de um menino de 12 anos, e chegou a discutir a possibilidade de um encontro presencial.
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Em comunicado, o procurador Jay Clayton classificou os crimes como “horríveis”: “Os crimes de Justin Heath Smith contra crianças são horríveis. Ele mirava em crianças de até sete anos, e todo nova-iorquino quer ele e pessoas como ele longe das nossas ruas pelo maior tempo possível, e nunca mais perto de nossos filhos. As mulheres e os homens do nosso Escritório, junto com nossos parceiros da lei, estão focados em retirar das ruas aqueles que exploram sexualmente nossas crianças. A mensagem para predadores é clara: não há lugar para vocês em Nova York além da prisão”.
Além da pena de prisão, ele também foi condenado a 10 anos de liberdade supervisionada e ao pagamento de uma multa de US$ 40 mil, cerca de R$212 mil.
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