Após boatos de estupro em cadeia, saiba a verdade sobre ex-jogador preso por agredir namorada com 61 socos Após boatos de estupro em cadeia, saiba a verdade sobre ex-jogador preso por agredir namorada com 61 socos

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Após boatos de que Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete preso no RN, teria sido agredido e estuprado na Cadeia Pública Dinorá Simas, a família negou o caso. Ele cumpre pena por violência contra a ex-namorada.

A família de Igor Eduardo Pereira Cabral nega que ele tenha sido estuprado e espancado por outros detentos dentro da prisão em Natal. A história surgiu nesta quinta-feira (2), através do blog potiguar “A Fonte”.

De acordo com a publicação, ele teria sido abusado física e sexualmente por companheiros de cela. O blog ainda afirmou que Igor teria recebido atendimento médico imediato após o suposto episódio.

Os rumores rapidamente se alastraram por perfis de fofoca, mas em conversa com o hugogloss.com, familiares de Igor garantiram que as informações não procedem. Apesar disso, a família não dará mais detalhes. O acusado cumpre pena por agredir a ex-namorada Juliana Garcia dos Santos Soares com 61 socos dentro de um elevador, na capital do Rio Grande do Norte.

De acordo com fontes ouvidas pelo HG, Igor teve a visita de dois advogados na quinta-feira (2), e não foi registrada qualquer alteração em seu estado. Ele não teria qualquer problema com outros detentos.

Há dois meses, Igor afirmou ter sofrido de violência por parte de agentes penais na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim (RN). Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, foi registrada uma denúncia que aponta possível “violação à integridade física” do detento.

Igor foi flagrado desferindo 61 socos contra a ex-namorada. (Foto: Reprodução/TV Globo)

Segundo boletim de ocorrência, Igor relatou ter sido colocado sozinho em uma cela, algemado e sem roupas, onde teria sofrido agressões físicas por parte de autoridades no dia 31 de julho. Ele disse que recebeu murros, chutes, cotoveladas e foi atingido com spray de pimenta. Há dois processos em andamento relacionados às agressões envolvendo os policiais.

Relembre o caso

A agressão contra a estudante Juliana Soares, de 35 anos, ocorreu no dia 26 de julho, dentro do elevador de um condomínio em Natal. As câmeras de segurança registraram o momento em que o ex-namorado dela, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, desferiu 61 socos em apenas 34 segundos. A violência deixou consequências graves: três fraturas na região do olho direito, uma fratura extensa abaixo do nariz, outras menores na maçã do rosto e a mandíbula quebrada.

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De acordo com as investigações, a motivação teria sido uma crise de ciúmes do agressor. Juliana relatou, em entrevista ao “Fantástico”, que decidiu permanecer dentro do elevador justamente para garantir que as câmeras registrassem a cena. “Ele foi até o elevador em que eu estava para tentar me convencer a sair. Mas eu não saí, porque sabia que, se saísse, não haveria câmeras para registrar o que acontecesse. Ele disse que eu ia morrer e começou a me agredir. Do décimo sexto andar até o térreo, ele me esmurrava sem parar”, contou.

Igor teve a prisão preventiva determinada no dia 26 de julho, logo após o episódio de agressão contra Juliana. (Foto: Reprodução/TV Globo)

A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou Igor por tentativa de feminicídio, encaminhando o caso ao Ministério Público. O órgão reforçou a necessidade de manter a prisão preventiva, apontando “gravidade dos fatos, periculosidade do indiciado e necessidade de proteção à integridade física e psicológica da vítima”. Igor foi transferido para a Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim.

Juliana precisou fazer uma cirurgia de construção facial. (Foto: Reprodução/Instagram)

Em nota, a defesa do ex-jogador admitiu o ataque, mas atribuiu o episódio a um “contexto de uso de substâncias e instabilidade emocional”. “Lamento profundamente que minha conduta, influenciada por um contexto de uso de substâncias e instabilidade emocional, tenha contribuído para essa situação. Embora as circunstâncias ainda estejam sendo apuradas, sinto a necessidade sincera de expressar meu pedido de perdão a todos que, de alguma forma, foram afetados”, declarou.

A advogada da vítima, Renata Araújo, destacou que a decisão de Juliana foi crucial para a elucidação do caso. “Se ela tivesse saído, não teríamos os registros desse crime bárbaro, dessa tentativa de feminicídio”, concluiu.

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