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A Alloha Fibra está negociando com clientes atualmente atendidos pela Oi Soluções – braço de serviços corporativos (B2B) da Oi, cuja falência foi decretada pela Justiça nesta semana –, como forma de incrementar as suas operações na vertical empresarial.
A informação foi confirmada pelo CEO da Alloha, Roger Solé, em entrevista ao TELETIME nesta terça-feira, 11, por ocasião da divulgação do balanço do terceiro trimestre da empresa.
"Estamos disponíveis para os clientes da Oi Soluções, como uma opção mais sólida. Já temos clientes com os quais estamos em conversas", relatou o executivo.
"Estamos avaliando regiões onde temos uma rede sólida, quais produtos eles precisam. Não é todo mundo que podemos atender, mas estamos em conversas, estamos abertos", complementou.
De acordo com Solé, a ideia é trazer clientes para a Giga+ Empresas, marca de atendimento corporativo da Alloha, que tenham contratos vigentes com a Oi Soluções. O executivo frisou que o provedor tem interesse em negociar com os clientes, mas não necessariamente comprar a unidade B2B da tele.
"Não está na nossa lista de prioridades, não estamos considerando a compra da Oi Soluções", afirmou.
Avanço no B2B, mas com cautela
Atualmente, os serviços B2B representam 13,5% da receita da Alloha. O provedor acredita que pode incrementar ainda mais o portfólio faturamento com a vertical.
No entanto, a estratégia é não deixar de lado o foco em eficiência operacional, sendo mais seletivo na ativação de clientes, semelhante à abordagem adotada no segmento residencial (B2C).
"Vamos ter um foco mais cirúrgico. O B2B é uma das verticais que estamos olhando bem, reorganizando, fazendo vendas mais focadas e claras, não queremos ir a qualquer cliente", destacou, citando a utilização de mecanismos antifraude e de checagem de histórico financeiro para firmar contratos de prestação de serviço.
O CFO da Alloha Fibra, Felipe Matsunaga, alertou que, mesmo que o cliente B2B tenha um tíquete médio mais elevado, é preciso ter cautela na expansão da vertical corporativa, sobretudo em um período em que o provedor busca eficiência operacional mais do que ampliação de base.
"A ativação de B2B é cara. Capex grande, prazo de payback [retorno do investimento] grande, estamos evitando. Qualquer cliente puxa o caixa. Essa é uma ponderação que tem que ser feita, e não é nada trivial", comentou o CFO.

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