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Uma agente penitenciária do Reino Unido foi considerada culpada por manter envolvimento com dois detentos e integrar um esquema de entrada de drogas na prisão, segundo o Telegraph. O caso segue para sentença em janeiro. Leia todos os detalhes.
Uma agente penitenciária do Reino Unido se tornou alvo de um escândalo após a Justiça concluir que ela manteve relacionamentos com dois detentos e ainda participou de um esquema de entrada de drogas na prisão. De acordo com o jornal Telegraph, Isabelle Dale, de 23 anos, recebeu a sentença de culpada por má conduta e conspiração.
A investigação expôs que Isabelle, apelidada de “Miss Sneaky” (“Senhorita sorrateira”, em tradução livre), iniciou um envolvimento íntimo com Shahid Sharif, 33 anos, condenado por participar de um assalto violento. Segundo o que foi apresentado ao júri, a carcereira chegou a ter encontros com o detento dentro da sala multirreligiosa da Penitenciária de Coldingley, em Surrey. Os relatores afirmam que dois presos atuavam como vigias e, em uma das ocasiões, ela reapareceu “aparentemente reajustando a região do cinto”.
Gravações exibidas no tribunal mostraram detalhes do relacionamento. Em uma conversa com o detento, ela declarou: “Gostei muito dessa, meu bem… Estou tão orgulhosa de você. Meu rap favorito que você já fez… é o primeiro que você me mandou”. Também foram encontradas cartas na cela de Sharif que reforçaram o envolvimento. Nas mensagens, ela assinava como “Sneaky”.
As investigações ainda revelaram que Sharif “recrutou” Isabelle para ajudar a contrabandear envelopes com “spice”, uma droga sintética frequentemente distribuída em prisões britânicas. O esquema envolvia o uso da conta de Snapchat do próprio Sharif, administrada pela agente.
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O caso, porém, não se limitou à relação com Sharif. A polícia identificou outro preso, Connor Money, de 28 anos, como participante de um segundo relacionamento com a profissional. Mensagens recuperadas em celulares mostraram o tom íntimo entre os dois. Isabelle chegou a escrever que o rapaz queria usá-la por ela ser policial.
Agente foi liberada sob fiança até janeiro (Foto: Reprodução/Instagram)Em depoimento, Isabelle tentou explicar seu comportamento alegando isolamento no ambiente de trabalho. Ela afirmou que era alvo de comentários e observações de colegas por causa das tatuagens. Victoria Mital, responsável pela segurança do grupo na HMP Coldingley, confirmou ao tribunal que recebeu uma queixa da agente. Segundo a funcionária, ela acreditava ser “vigiada” e disse que sofria bullying “por causa de sua idade, sexo e aparência”.
Na versão da carcereira, ela disse que buscou “consolo” nos detentos depois de sentir que não se encaixava entre os profissionais da unidade. Ela declarou que Sharif a “instruiu” a comprar um anel de compromisso “para provar lealdade a ele” e informou que não sabia ser ilegal portar um celular dentro da prisão. A profissional afirmou que os dois “frequentemente faziam sexo por telefone”, mas negou um relacionamento físico.
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Ao encerrar o julgamento, o juiz Chris Hehir destacou a gravidade das condutas. Ele disse que Isabelle havia cometido “crimes muito graves” e alertou que deveria “se preparar emocional e fisicamente para ir para a prisão”. A agente foi liberada sob fiança até a data da sentença, prevista para janeiro.
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